No coração de São Paulo, em 1978, nascia um ícone que mudaria a forma como os brasileiros apreciam o mate. Mais do que uma bebida, o Rei do Mate se tornou um ponto de encontro, um símbolo de brasilidade e tradição. Com a previsão de faturar R$ 440 milhões em 2025, a rede se consolida como uma das maiores cafeterias do país, mantendo a essência que a consagrou.
O sucesso da rede História da Rei do Mate, passa pelas mãos de Antonio Carlos Nasraui, filho do fundador, que desde os anos 90 lidera a empresa. Ele transformou o negócio familiar em uma das franquias mais conhecidas do Brasil. A marca passou por diversas mudanças, especialmente após a pandemia, com a reformulação do layout das lojas e a aposta em produtos que atraíssem ainda mais os clientes.
Desde o início, o atendimento sempre foi um diferencial. Nasraui, o CEO, conta que a prioridade era oferecer um espaço confortável para os clientes, com mesas e tomadas para que pudessem trabalhar ou relaxar. Essa visão transformou a empresa, que antes era apenas um pequeno balcão de rua, em uma rede com franquias, indústria própria e até uma linha de bebidas para supermercados.
A História da Rei do Mate começou com uma pequena loja de 20 metros quadrados na Avenida São João. Lá, os clientes tomavam seu mate rapidamente e logo davam espaço para o próximo. Em 1985, a segunda loja foi aberta na mesma rua, consolidando a fama da marca. Em 1991, Antonio Carlos Nasraui se tornou sócio e começou a expandir o cardápio com alimentos, polpas de fruta, café e o famoso copo de pão de queijo.
A primeira franquia foi inaugurada em 1992, em um shopping, marcando a expansão da marca para além do centro da cidade. O crescimento foi impulsionado pelo boca a boca, mas também pela concorrência, que copiava desde os azulejos até os uniformes. Isso fez com que a empresa investisse em qualidade e inovação, em vez de focar apenas no preço.
Atualmente, o Rei do Mate está presente em cerca de 100 cidades e 20 estados. A meta é alcançar 360 unidades em 2025, priorizando lojas com o novo layout, que valoriza o consumo no local, com mesas, tomadas e um ambiente confortável. Além das lojas físicas, a empresa também investe em uma linha de bebidas prontas industrializadas, vendidas em supermercados, e no Empório Rei do Mate, com produtos para presentear.
A pandemia trouxe desafios significativos, com a queda no movimento devido à falta de delivery e à presença em locais como hospitais e supermercados. A empresa aproveitou esse momento para se reinventar, reformando as lojas, ajustando o cardápio e reforçando o conceito de experiência. A dificuldade em encontrar mão de obra e a alta carga tributária são preocupações constantes.
A marca sempre apostou na brasilidade e na inovação, com produtos como o copo de Pão de Queijo e o mate com açaí. O café gourmet também é um destaque, com grãos selecionados que garantem um sabor especial. A rede vende hoje 500 mil xícaras de café e 500 mil de cappuccino por mês, com um aumento de 20% no tíquete médio desde 2019, chegando a R$ 25.
Com uma trajetória marcada por desafios e superação, o Rei do Mate se mantém relevante no mercado, preservando sua essência e investindo em novidades. A empresa se prepara para os próximos passos, mantendo a brasilidade como carro-chefe e buscando sempre oferecer a melhor experiência para seus clientes.
Via Exame