Repórter do New York Times processa Google e OpenAI por uso indevido de livros em treinamento de IA nos EUA

John Carreyrou acusa Google e OpenAI de usar livros protegidos para treinar IA e busca indenizações nos Estados Unidos.
29/12/2025 às 21:44 | Atualizado há 8 horas
               
John Carreyrou denuncia uso ilegal de obras protegidas para treinar chatbots. (Imagem/Reprodução: Redir)

O repórter John Carreyrou, do New York Times, entrou com um processo nos Estados Unidos contra Google, OpenAI, xAI, Anthropic, Meta e Perplexity. A acusação é de uso indevido de livros protegidos por direitos autorais para o treinamento de sistemas de inteligência artificial. Outros cinco escritores também participam da ação, que busca indenizações individuais e evita acordos coletivos.

As empresas são acusadas de piratear obras para alimentar grandes modelos de linguagem usados em chatbots. A Perplexity negou a prática, e as demais não se pronunciaram. Em agosto, a Anthropic fez um acordo de US$ 1,5 bilhão, mas os autores do processo atual consideram o valor insuficiente e querem reivindicações maiores.

O caso destaca o debate sobre direitos autorais na era da IA, questionando o uso de conteúdos protegidos sem autorização. A discussão envolve propriedade intelectual e ética no desenvolvimento tecnológico, tema que deve ganhar ainda mais atenção globalmente.

O repórter investigativo John Carreyrou, do New York Times, entrou com um processo contra a Google, OpenAI, xAI – de Elon Musk – Anthropic, Meta e Perplexity, acusando essas empresas de uso indevido de livros protegidos por direitos autorais para treinar seus sistemas de inteligência artificial. O caso, protocolado no tribunal federal da Califórnia, reúne também outros cinco escritores e busca indenizações individuais, evitando um acordo coletivo que favoreça as empresas em negociações reduzidas.

Os autores afirmam que as empresas piratearam suas obras para alimentar grandes modelos de linguagem (LLMs), essenciais para funcionamento dos chatbots. Embora esta não seja a única ação contra o uso de material protegido em treinamentos de IA, é o primeiro processo que inclui a xAI como ré. A Perplexity negou a prática, alegando que não indexa livros, enquanto as outras empresas não se posicionaram até o momento.

Em agosto, Anthropic fechou um acordo de US$ 1,5 bilhão com autores que alegavam uso ilegal de milhões de livros, mas os autores do processo atual argumentam que os valores pagos foram baixos e insuficientes. Eles buscam “reivindicações de alto valor” para cada obra, criticando acordos coletivos que limitam a reparação.

O processo destaca um debate crescente sobre direitos autorais na era da inteligência artificial, questionando até que ponto as corporações podem usar conteúdo protegido sem autorização. A reclamação conecta diretamente à discussão sobre propriedade intelectual e ética no desenvolvimento de tecnologias avançadas, um tema que deve continuar em evidência na indústria.

Via Folha de S.Paulo

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