As recentes mudanças na prefeitura de Vitória, com a chegada de Soraya Manato (PP) e Coronel Ramalho (ex-PL), vão além de uma simples reacomodação de figuras políticas. A movimentação nos bastidores sinaliza uma estratégia do Republicanos, partido do prefeito Lorenzo Pazolini, com foco nas Eleições em Vitória 2026.
O Republicanos no Espírito Santo tem como meta prioritária eleger Pazolini para o governo do estado. Esse projeto ganhou força com a integração de Erick Musso, presidente estadual do partido, à administração municipal.
Desde que assumiu a Secretaria de Governo de Vitória, Erick Musso intensificou o viés político da gestão. Suas ações incluem visitas ao interior para promover o prefeito fora da Grande Vitória, além de articulações com outros partidos. A substituição de quadros técnicos por nomes políticos também faz parte da estratégia.
Para fortalecer uma candidatura majoritária no próximo ano, especialmente para o governo estadual, Erick Musso busca consolidar um grupo político robusto. O objetivo é fazer frente ao grupo do governador Renato Casagrande, que deverá apresentar candidatos para todos os cargos disponíveis.
A estratégia de Erick Musso envolve a aproximação e o alinhamento com partidos como PP, PSD, Podemos e PL. A entrada do PP na chapa como vice e principal aliado de Pazolini ilustra essa movimentação. Em Colatina, o Republicanos optou por não lançar candidatura própria, apoiando o atual prefeito Renzo Vasconcelos (presidente do PSD-ES).
O convite ao irmão do deputado Gilson Daniel (presidente estadual do Podemos) para um cargo na prefeitura também demonstra essa articulação. Adicionalmente, Erick Musso viajou a Brasília para resolver possíveis desavenças com o senador Magno Malta, presidente estadual do PL.
A expectativa do Republicanos é consolidar uma aliança com esses partidos, visando tanto as próximas disputas eleitorais quanto as Eleições em Vitória 2026. Este é o principal plano em nível estadual.
Além disso, o partido precisa contribuir nacionalmente, elegendo deputados federais. A eleição de representantes na Câmara Federal é crucial para o peso do partido e para a distribuição de recursos nas campanhas. No Espírito Santo, cada partido precisa de 11 nomes, incluindo no mínimo quatro mulheres, para formar a chapa federal.
A inclusão de Soraya Manato e Ramalho na gestão municipal também visa fortalecer a chapa do Republicanos para a disputa por cadeiras de deputados federais. A informação apurada é de que não houve pressão para que eles mudassem de partido como condição para assumir as secretarias.
A filiação da secretária de Assistência Social de Vitória e do futuro secretário de Meio Ambiente ao Republicanos, com vistas às próximas eleições, é uma possibilidade em estudo. Ramalho já deu um passo importante ao deixar o PL, após o partido discordar de sua ida para o secretariado de Pazolini.
Em 2022, Ramalho e Soraya concorreram à Câmara Federal, mas não foram eleitos. Ramalho, pelo Podemos, obteve 33.874 votos e ficou como 1º suplente do partido. Soraya, pelo PTB, teve 59.988 votos, mas sua legenda não atingiu o mínimo necessário para conquistar uma vaga, apesar de ter sido a 8ª parlamentar mais votada.
Além de Soraya e Ramalho, o Republicanos espera contar com a reeleição dos deputados Amaro Neto e Messias Donato, e com a participação de outros nomes, como Erick Musso e a cantora Bruna Olly.
A movimentação política em Vitória, com a chegada de Soraya Manato e Coronel Ramalho, reflete uma estratégia mais ampla do Republicanos. O partido mira as **Eleições em Vitória 2026** e busca fortalecer sua base para as disputas futuras, tanto em nível estadual quanto federal.