No segundo trimestre, a Renner apresentou um crescimento impressionante de 17,3% nas vendas nas lojas. Esse aumento foi impulsionado por um outono ameno e pela eficaz gestão das coleções. A receita totalizou R$ 3,6 bilhões, refletindo um aumento de 18,5% em relação ao ano anterior.
O lucro bruto da varejista também foi significativo, com um aumento de 20,4%, elevando a margem bruta para 57,1%. O CEO Fábio Faccio atribuiu esse resultado ao acerto nas coleções e às melhores temperaturas, que facilitaram vendas a preço cheio. A Renner espera expandir suas operações e abrir novas lojas, aproveitando a forte posição de caixa.
Com um lucro líquido ajustado de R$ 404,5 milhões, a empresa está bem posicionada no mercado. O CFO destacou a diminuição no ciclo de vendas e uma logística mais eficiente. O mercado digital também obteve um crescimento notável, reforçando a resiliência da Renner em um ambiente competitivo.
O outono mais ameno e uma gestão de coleções otimizada impulsionaram os resultados da Renner no segundo trimestre, alinhados com as expectativas do mercado. A empresa reportou um aumento de 17,3% nas vendas nas mesmas lojas (*same-store sales*), com um crescimento ainda maior, de 18,6%, considerando apenas as marcas de vestuário. A receita acompanhou esse avanço, atingindo R$ 3,6 bilhões, um aumento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2024.
O lucro bruto da Renner também apresentou um crescimento notável de 20,4%, ultrapassando R$ 2 bilhões, o que elevou a margem bruta para 57,1%, representando um ganho de 0,9 ponto percentual. Essa taxa é uma das maiores já registradas pela companhia para um segundo trimestre. Segundo o CEO Fábio Faccio, a assertividade das coleções, as temperaturas mais adequadas para a estação e a menor necessidade de remarcações foram cruciais para esse desempenho, resultando em mais vendas a preço cheio e um giro mais rápido.
Como consequência, o lucro líquido ajustado da varejista alcançou R$ 404,5 milhões, um crescimento de 28,4% em relação ao ano anterior, em linha com as projeções. É importante notar que o lucro líquido foi influenciado por itens não recorrentes na Realize, o braço financeiro da Renner. Excluindo os efeitos da Resolução 4.966, o lucro teria sido de R$ 361,9 milhões.
Todas as marcas do grupo, incluindo Renner, Youcom e Camicado, demonstraram crescimento de receita superior às despesas operacionais, resultando em um aumento da margem. Além disso, o EBITDA ajustado cresceu 33% em relação ao segundo trimestre, atingindo R$ 891 milhões, com um avanço de 2,6 pontos na margem, o melhor resultado da companhia em 11 trimestres.
O CFO Daniel Martins destacou que o ciclo financeiro diminuiu de 147 para 135 dias, o menor nível desde 2022. Essa redução foi possível graças à combinação da venda de produtos mais rentáveis e uma maior eficiência logística, impulsionada pela operação otimizada do novo centro de distribuição em Cabreúva. A logística aprimorada também contribuiu para os sólidos resultados da Renner no ambiente digital.
O site da varejista registrou um crescimento de 20,7% na receita, atingindo R$ 734,3 milhões, o que representa 15,1% da receita total, um aumento de 0,3 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2024. Além disso, o índice de NPL (Non-Performing Loans) acima de 90 dias na Realize diminuiu 4,9 pontos em um ano, chegando a 13,5%.
Com uma sólida posição de caixa líquido de R$ 1,8 bilhão, o CEO Faccio afirmou que é o momento ideal para investir em crescimento e explorar novas oportunidades. A Renner planeja inaugurar entre 30 e 37 lojas de todas as suas marcas ao longo deste ano. A posição de caixa atual permite à empresa continuar investindo em tecnologia, expansão de lojas e no modelo *omnichannel*, ao mesmo tempo em que mantém a remuneração dos acionistas por meio de JCP (Juros sobre Capital Próprio) e recompras de ações.
Sobre o desempenho no segundo semestre, Faccio mencionou que ainda não percebeu nenhum efeito de desaceleração. No entanto, ele observou que uma possível comparação mais desafiadora no terceiro trimestre pode ocorrer devido ao atraso na chegada do frio em 2024. As ações da Renner acumularam uma alta de 36% em 12 meses e estão sendo negociadas a 5 vezes o lucro estimado para 2026, com a empresa avaliada em R$ 19 bilhões na B3.
Via Brazil Journal