Reunião do Copom em janeiro terá duas diretorias vagas, indicam fontes

Reunião do Copom em janeiro será com duas diretorias vagas; saiba o que isso significa para a política de juros no Brasil.
05/12/2025 às 16:03 | Atualizado há 8 horas
               
Reunião do Copom de janeiro
Mandatos dos diretores indicados por Bolsonaro acabam em dezembro; novas nomeações pendentes. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O presidente Lula deve enviar ao Senado no próximo ano as indicações para duas diretorias do Banco Central com mandatos terminando em dezembro. Isso fará a reunião do Copom em janeiro ocorrer com duas vagas.

Atualmente, os diretores nomeados por Bolsonaro deixarão seus cargos e outras autoridades do Copom, indicadas por Lula, devem assumir temporariamente. Essa situação inédita não ocorre desde 1998.

O mercado acompanha atentamente para ver se o BC iniciará cortes na Selic, atualmente em 15%. As nomeações dependem da aprovação no Senado, que deve ocorrer em 2026 devido ao clima político e calendário apertado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve enviar ao Senado apenas no próximo ano as indicações para as duas diretorias do Banco Central que terão mandatos encerrados em dezembro, segundo fontes próximas ao assunto. Isso fará com que a Reunião do Copom de janeiro seja realizada com duas dessas vagas ainda em aberto.

Os diretores atuais, nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Diogo Guillen e Renato Gomes, devem deixar os cargos com o término do mandato. Enquanto aguardam seus substitutos, outras autoridades do Copom, todas nomeadas por Lula, provavelmente desempenharão temporariamente essas funções.

Essa situação é inédita, pois, desde 1998, nunca uma reunião do Comitê de Política Monetária ocorreu com mais de uma ausência.

O mercado acompanha atento a essa reunião de janeiro para entender se o BC iniciará um ciclo de cortes na Selic ou manterá os juros em 15%, nível vigente desde junho e o maior em quase 20 anos. Pesquisa da Reuters mostra expectativa majoritária pela estabilidade dos juros em dezembro.

Após as nomeações presidenciais, os indicados precisarão passar por sabatina no Senado. O clima político tenso no Senado e o calendário apertado dificultam a aprovação ainda este ano, o que poderia afetar a participação dos novos diretores já nas reuniões de 2026.

Entre os possíveis escolhidos para a Diretoria de Política Econômica destaca-se Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e próximo ao ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Via InfoMoney

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