Após dias de expectativa gerada pela Procuradora-Geral Pam Bondi sobre a revelação dos “Arquivos de Epstein“, a divulgação dos documentos nos EUA trouxe à tona poucas novidades. As cerca de 200 páginas liberadas continham informações já conhecidas sobre Jeffrey Epstein, o criminoso sexual que morreu na prisão, sem apontar irregularidades cometidas por outros indivíduos.
A divulgação dos Arquivos de Epstein consistiu principalmente em registros de voos dos aviões de Epstein, que já haviam sido tornados públicos, além de informações de contato de associados e descrições de itens encontrados em suas residências. A ação, inicialmente apresentada como um marco de transparência, acabou sendo vista por muitos como um evento com mais apelo político.
A apresentação prévia dos documentos para influenciadores conservadores, que receberam pastas com a inscrição “Os Arquivos de Epstein: Fase I”, gerou ainda mais expectativas. A falta de divulgação imediata do conteúdo completo levou a críticas e questionamentos sobre a real intenção da ação, com alguns expressando decepção nas redes sociais.
Pam Bondi, em resposta às críticas, prometeu a divulgação de mais documentos, mencionando que o FBI reteve “milhares” de páginas inéditas sobre o caso Epstein. Os Arquivos de Epstein foram liberados posteriormente, acompanhados da declaração de Kash Patel, diretor do FBI, prometendo a busca por informações ocultas.
Ainda assim, a reação de alguns republicanos no Congresso foi de insatisfação, com a deputada Anna Paulina Luna expressando descontentamento com o material divulgado. Jeffrey Epstein, que se suicidou em 2019 após ser acusado de tráfico sexual, acumulou uma fortuna e manteve contato com figuras influentes.
Os documentos liberados incluem uma lista de pessoas descritas como massagistas e informações sobre a proximidade de Epstein com personalidades como Donald Trump, Bill Clinton e o Príncipe Andrew. Teorias da conspiração sobre uma suposta “lista de clientes de Epstein” circulam há anos, mas nunca foram comprovadas em processos judiciais.
O FBI também se recusou a divulgar alguns documentos solicitados pela mídia e advogados das vítimas, incluindo uma lista completa dos itens apreendidos nas residências de Epstein. Vítimas de Epstein entraram com uma ação judicial contra o FBI, alegando falha na investigação de suas denúncias. Jordan Merson, advogado das vítimas, espera que a divulgação dos Arquivos de Epstein leve à seriedade necessária para lidar com a dor das vítimas que processam o FBI.
Via InfoMoney