Os programas de fidelidade no Brasil estão se reinventando, ampliando seus limites além das milhas. No primeiro trimestre de 2025, as inscrições alcançaram 333,8 milhões, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento se reflete no faturamento, que atingiu R$ 5,8 bilhões, demonstrando a relevância desses programas no consumo diário.
O ano anterior já havia mostrado um retrato positivo, com um faturamento recorde de R$ 21,9 bilhões, um aumento de 17% em relação a 2023. Só no início de 2025, foram resgatados 219,8 bilhões em pontos, sendo 73,6% usados para passagens aéreas. O cenário atual mostra que a maior parte dos pontos acumulados vem de compras no varejo e serviços, não apenas de viagens.
A tendência é que esses programas avancem em direção à hiperpersonalização, utilizando dados e inteligência artificial para criar ofertas exclusivas. Com 35% dos inscritos entre 26 e 40 anos, a base de clientes é diversificada, refletindo a necessidade de clareza e integração nas regras dos programas para garantir um futuro promissor.
Os programas de fidelidade no Brasil expandiram suas fronteiras, ultrapassando as tradicionais milhas aéreas e ganhando espaço no cotidiano dos consumidores. A adesão a esses programas alcançou 333,8 milhões de inscrições no primeiro trimestre de 2025, refletindo um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento impulsionou um faturamento de R$ 5,8 bilhões para o setor, evidenciando a relevância crescente no mercado de consumo.
O ano anterior consolidou essa tendência, com um faturamento recorde de R$ 21,9 bilhões, representando um aumento de 17% em relação a 2023. No primeiro trimestre de 2025, os resgates de pontos e milhas atingiram 219,8 bilhões, um salto de 14% em comparação com o mesmo período de 2024. A maior parte desses resgates, 73,6%, foi destinada à compra de passagens aéreas, enquanto o restante foi utilizado na aquisição de produtos.
Apesar do nome “milha”, a maior parte dos pontos acumulados provém de compras em varejo, bancos, indústria e serviços. Mais de 92% dos pontos têm origem em transações que não envolvem passagens aéreas. Juliana Assad, do programa Esfera do Santander, destaca que os consumidores podem acumular pontos desde a compra de produtos básicos até eletrônicos, e que a adesão a clubes de pontos acelera ainda mais esse acúmulo.
O cartão de crédito ainda é o principal meio de acúmulo de pontos, mas outras formas estão ganhando espaço. O Santander, por exemplo, busca integrar o acúmulo de benefícios a outros meios de pagamento, como o Pix, e ao relacionamento geral com o banco. Gustavo Santos, diretor de cartões do Santander, acredita que essa integração aumenta a transparência e a vantagem de o consumidor permanecer no ecossistema do banco.
Rodrigo Góes, especialista em milhas, ressalta que o acúmulo de milhas vai além do cartão de crédito. É possível pontuar em programas de fidelidade de postos de gasolina, lojas de materiais de construção e clubes de compras dos bancos. O consumidor ganha duas vezes: pontos pelo gasto no cartão e pelas parcerias entre os programas, potencializando o aproveitamento das oportunidades.
A expectativa é que os programas de fidelidade avancem cada vez mais para a hiperpersonalização. A combinação de dados, inteligência artificial e social commerce deve permitir ofertas sob medida, com a integração direta com redes sociais e aplicativos de mensagem. Gustavo Santos projeta que a inteligência artificial será fundamental para entregar benefícios personalizados, transformando pontos em uma verdadeira moeda de troca conectada ao dia a dia do consumidor.
A base de clientes dos programas de fidelidade continua em expansão. Cada brasileiro participa, em média, de oito programas diferentes, mas ainda concentra pouco seus gastos em cartões. Especialistas acreditam que a consolidação de plataformas e a maior clareza nas regras serão determinantes para o amadurecimento do setor.
Atualmente, 35% dos inscritos nos programas de fidelidade têm entre 26 e 40 anos, enquanto 34% têm entre 41 e 60 anos. O perfil dos inscritos é equilibrado, com 51% de homens e 49% de mulheres.
Via InfoMoney