A recente aquisição da EMAE pela Sabesp, no valor de R$ 1,13 bilhão, marca uma nova fase no setor de saneamento e energia. Com esse movimento, a Sabesp passa a controlar 70,1% da EMAN, consolidando sua atuação no mercado e reforçando sua importância na Grande São Paulo. Esta transação coloca a Sabesp como protagonista em um setor estratégico, especialmente considerando os ativos hidrelétricos da EMAE que garantem um fluxo de caixa estável.
O controle anterior da EMAE estava sob a responsabilidade de Nelson Tanure, sujeito a uma série de problemas financeiros. Após sua aquisição em 2018, a situação se deteriorou, levando a Sabesp a monitorar de perto os riscos associados. A incorporação da EMAE viabiliza uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, essencial para a segurança hídrica da população paulista e para a otimização dos mananciais essenciais da região.
A aquisição precisa ainda da aprovação das autoridades regulatórias e poderá oferecer ao Governo de São Paulo uma gestão mais assertiva de barragens. A medida é vista como crucial para evitar que a privatização da Sabesp seja comprometida por crises na EMAE, evidenciando um futuro promissor para a qualidade do abastecimento de água na região metropolitana.
A **Compra da EMAE** pela Sabesp, anunciada recentemente, representa um marco importante no setor de saneamento e energia. A transação, no valor de R$ 1,13 bilhão, confere à Sabesp o controle acionário da Empresa Metropolitana de Águas e Energia, expandindo sua atuação e reforçando sua posição no mercado.
O negócio envolve a aquisição de 70,1% do capital total da EMAE, abrangendo 74,9% das ações ordinárias e 66,8% das preferenciais. As ações foram compradas do FIP Phoenix e da Eletrobras, marcando o fim de um longo processo de negociações.
A Sabesp desembolsou R$ 59,33 por ação ON e R$ 32,07 por ação PN, consolidando sua entrada na EMAE. Essa aquisição soluciona um imbróglio que se arrastava desde a privatização da empresa, que controla sistemas hidráulicos cruciais na Grande São Paulo, no Médio Tietê e na Baixada Santista.
A aquisição da EMAE pela Sabesp traz implicações significativas. Anteriormente, o controle da EMAE estava nas mãos do FIP Phoenix, liderado por Nelson Tanure e Tércio Borlenghi Junior, que havia adquirido a empresa por R$ 1 bilhão em um leilão anterior.
Tanure utilizou as ações da EMAE como garantia para a emissão de debêntures, em uma operação liderada pela Vórtx e a XP. Problemas financeiros começaram a surgir quando o fundo sinalizou dificuldades para pagar a primeira parcela de juros, levando a Vórtx e XP a declararem o vencimento integral da dívida e iniciarem o processo de execução.
A Sabesp já vinha monitorando de perto os riscos envolvendo a EMAE, dada a importância dos sistemas Guarapiranga e Billings para o abastecimento de água na Grande São Paulo. A empresa de saneamento manifestou seu interesse no ativo à XP, demonstrando sua preocupação e proatividade em garantir a segurança hídrica.
Em comunicado, a Sabesp destacou que a EMAE possui ativos estratégicos de geração hidrelétrica com um fluxo de caixa estável, garantido por contratos de longo prazo atrelados à inflação. A empresa espera que a aquisição fortaleça sua estrutura financeira e gere sinergias operacionais a médio e longo prazo.
Ainda segundo a Sabesp, a incorporação da EMAE permitirá uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos e energéticos, aumentando a segurança hídrica e otimizando o uso dos mananciais. O Governo de São Paulo também se manifestou, afirmando que a aquisição poderá reforçar a segurança hídrica da população paulista, otimizando a gestão de barragens e reservatórios essenciais.
O governo temia que problemas na EMAE pudessem comprometer o abastecimento e colocar em risco a privatização da Sabesp. A conclusão das transações com a Vórtx e a Eletrobras ainda depende da aprovação das autoridades regulatórias e de defesa da concorrência.
Via Brazil Journal