A Sabesp adotou uma tecnologia que combina inteligência artificial e imagens de satélite para detecção de vazamentos de água. Inspirada em métodos usados na Inglaterra e em Israel, essa solução promete eficiência até cinco vezes maior que os métodos tradicionais. Um projeto piloto na região da Consolação, em São Paulo, testou 50 km de redes em bairros como Sé, Higienópolis e Mooca.
A Sabesp escolheu essa área devido à complexidade das redes subterrâneas e ao tráfego intenso. Essas condições dificultam a detecção de vazamentos com os métodos tradicionais, como geofones e hastes. No piloto, a nova tecnologia encontrou 81 vazamentos, enquanto os métodos usuais encontraram apenas 14. Muitos desses vazamentos eram pequenos e imperceptíveis ao ouvido humano.
Débora Pierini Longo, diretora de Operação e Manutenção da Sabesp, explicou que as imagens de satélite identificam áreas úmidas e vazamentos em até três metros de profundidade. A IA analisa os dados do terreno, indicando os pontos com potenciais perdas hídricas. A tecnologia não substitui, mas complementa os métodos tradicionais.
A Sabesp planeja expandir o uso dessa tecnologia para outras cidades da Grande São Paulo, como Barueri, Guarulhos e Osasco. Essas cidades representam 17% das perdas de água na área de atuação da Sabesp. A empresa ressalta que a inovação elimina a necessidade de instalar equipamentos de alto custo. As informações são integradas a um aplicativo, que otimiza o trabalho das equipes de campo. O foco é direcioná-las para áreas com maior probabilidade de vazamentos significativos. A Sabesp visa combater as perdas de água de forma mais eficaz.
Com essa tecnologia, a Sabesp busca aprimorar o trabalho de suas equipes e reduzir as perdas de água na região metropolitana de São Paulo. A empresa se concentra em solucionar os pontos mais críticos e melhorar a eficiência no combate aos vazamentos.
Via Exame