Após intensos debates, o fundo saudita Salic se pronunciou sobre sua atuação nas empresas BRF e Marfrig. O Cade questionou o fundo sobre a concentração de mercado, pois já possui participação significativa nessas empresas. A manifestação da Salic visa esclarecer dúvidas sobre um possível alinhamento que poderia impactar a concorrência.
Em comunicado, a Salic afirmou que atua apenas como investidora financeira, sem influenciar a gestão das empresas. A participação da Salic na Minerva é de 24,49% e na BRF de 11,03%, não possuindo ações na Marfrig. Com a aprovação da fusão, a Salic poderá receber ações da nova empresa, mas garantiu que não exercerá direitos políticos sem a autorização do Cade.
Além de BRF e Minerva, a Salic também investe na Olam Brasil, sem impacto direto no mercado de carne bovina. A análise do caso pelo Cade seguirá o rito ordinário, o que pode atrasar a decisão sobre a fusão. A preocupação com a “common ownership” levantada por concorrentes, segundo a Salic, é meramente teórica, pois não há coordenação nas ações das empresas.
Após semanas de debates intensos envolvendo a BRF, Marfrig e Minerva, o fundo soberano saudita Salic se pronunciou. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) questionou a Salic sobre um possível aumento na concentração de mercado, dado que o fundo já é acionista da BRF e da Minerva. A manifestação buscou esclarecer quaisquer dúvidas sobre um possível alinhamento que afetasse a concorrência.
Em comunicado oficial, a Salic declarou que sua atuação é unicamente como investidora financeira, sem exercer influência na gestão das empresas. A informação foi inicialmente divulgada pelo The AgriBiz, gerando grande expectativa no mercado.
O fundo Salic possui uma participação significativa de 24,49% na Minerva e 11,03% na BRF, mas não detém ações diretamente na Marfrig. No cenário de aprovação da fusão pelo Cade, a Salic poderia receber ações da futura MBRF Global Foods. A combinação de negócios foi aprovada pelos acionistas da BRF e Marfrig, porém, a Salic assegurou que não exercerá direitos políticos sem a autorização do órgão regulador.
Em resposta às críticas levantadas pela Minerva e pelo fundo Nova Almeida (Latache), a Salic negou a existência de contratos, memorandos ou acordos que pudessem indicar um alinhamento estratégico, troca de informações privilegiadas ou planos para aumentar sua participação acionária na MBRF.
Além da Minerva e da BRF, a Salic informou que também possui participação na Olam Brasil, focada no setor de grãos, que não impacta diretamente o mercado de carne bovina. A Salic também argumentou que qualquer possível integração vertical já foi avaliada pelo Cade em 2023.
Para os representantes da Salic, as preocupações com common ownership, levantadas pelos concorrentes, são apenas teóricas, uma vez que o fundo não exerce influência sobre as decisões das empresas envolvidas, nem coordena suas ações.
A manifestação da Salic ocorre em um momento crucial, já que o presidente do Cade defendeu que a análise do caso siga o rito ordinário, o que exige uma investigação aprofundada e pode prolongar o julgamento por vários meses, mesmo após a aprovação societária da BRF e Marfrig. A decisão do Cade será fundamental para o futuro da fusão e para o mercado de alimentos no Brasil.
Via InvestNews