O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou entrevistas para escolher o sucessor de Jerome Powell no comando do Fed. A análise dos candidatos ocorrerá no início de outubro, em busca de um perfil que traga inovação e uma visão mais flexível.
Bessent destacou sua surpresa com alguns perfis que surgiram no processo, sem revelar nomes. A meta é encontrar alguém que não tenha medo de fazer mudanças significativas na gestão do banco central, especialmente em relação às taxas de juros.
A escolha do novo líder será crucial em um momento de decisões críticas para a economia global. A expectativa é que essa nova liderança possa proporcionar novos rumos para a política monetária, essencial para a recuperação econômica.
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que iniciará a próxima semana com entrevistas a diversos candidatos para a sucessão de Jerome Powell no Comando do Fed. A expectativa é que a primeira rodada de avaliações seja concluída já na primeira semana de outubro, marcando um período de intensa análise para a escolha do novo líder do Federal Reserve.
Bessent, em declarações ao programa “Mornings with Maria” da Fox Business Network, expressou surpresa com o perfil de alguns dos candidatos, embora tenha preferido não revelar nomes. O foco da busca, segundo ele, é encontrar alguém com uma visão aberta para a gestão do banco central norte-americano, reiterando críticas a Powell por não ter implementado cortes nas taxas de juros em um ritmo mais acelerado.
A postura de Bessent sinaliza uma possível mudança de direção na política monetária dos EUA, com a nomeação de um novo Comando do Fed alinhado a uma abordagem mais flexível em relação às taxas de juros. Essa mudança poderia ter impactos significativos na economia global, influenciando desde o mercado de ações até as decisões de investimento de empresas e consumidores.
Stephen Miran, recentemente integrado à diretoria do Fed por indicação do ex-presidente Donald Trump, já havia defendido um corte de 50 pontos-base nas taxas, uma medida mais agressiva do que o corte de 25 pontos que foi efetivamente implementado. Essa divergência de opiniões dentro do Comando do Fed demonstra a complexidade das decisões que o banco central enfrenta em um cenário econômico global incerto.
Bessent também manifestou sua surpresa com a ausência de uma meta clara do Fed para a redução das taxas de juros até o final do ano, especialmente diante das revisões negativas nos dados de emprego. Para ele, seria adequado um objetivo de corte entre 100 e 150 pontos-base, indicando uma preocupação com o ritmo de recuperação do mercado de trabalho.
Jerome Powell, por sua vez, afirmou que o banco central precisa equilibrar os riscos da inflação elevada com os sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho nas próximas decisões sobre as taxas de juros. Essa postura cautelosa reflete a busca por um ponto de equilíbrio que evite tanto o superaquecimento da economia quanto o aumento do desemprego.
Após o corte de 25 pontos na taxa de referência na semana anterior, Powell ressaltou que o Fed não está comprometido com um curso predefinido de novas reduções, deixando em aberto a possibilidade de ajustes na política monetária de acordo com a evolução do cenário econômico. O processo de escolha do novo Comando do Fed, portanto, ganha ainda mais relevância diante da necessidade de definir os rumos da economia americana nos próximos anos.
Bessent planeja realizar uma segunda rodada de entrevistas antes de apresentar a Donald Trump uma lista final com os três ou quatro candidatos mais qualificados para o cargo. “Todos me perguntam o que procuro quando entrevisto possíveis chairs do Federal Reserve, e é apenas alguém com a mente aberta, que não esteja olhando pelo retrovisor, que esteja olhando para frente”, afirmou Bessent.
As recentes revisões nos dados de emprego foram consideradas preocupantes por Bessent, que complementou: “Com essas revisões, sabemos que algo estava errado nos bastidores”. A escolha do novo Comando do Fed deverá levar em consideração a necessidade de transparência e confiabilidade na divulgação de dados econômicos, visando garantir a credibilidade das decisões do banco central.
O processo de seleção do novo Comando do Fed promete ser um período de intensos debates e análises, com o objetivo de encontrar um nome que possa conduzir a política monetária dos EUA de forma eficaz e responsável. As decisões tomadas pelo novo líder do Fed terão um impacto duradouro na economia americana e global, exigindo uma escolha criteriosa e alinhada aos desafios do futuro.
Via Forbes Brasil