Como a seca de 13 anos influenciou o colapso maia

Descubra como uma seca severa impactou a civilização maia no século X.
31/08/2025 às 06:21 | Atualizado há 2 dias
Colapso maia por seca
A pior estiagem em mil anos impacta severamente nossas reservas hídricas. (Imagem/Reprodução: Redir)

Um novo estudo sugere que o colapso da civilização maia pode ter sido causado por uma severa seca de 13 anos, ocorrida entre 929 e 942 d.C. Essa estiagem prolongada coincidiu com um período de instabilidade política e o declínio das cidades na península de Yucatán, no México. Essa descoberta publicada na revista Science Advances lança luz sobre os desafios enfrentados pelos maias.

A falta de água comprometeu severamente a agricultura, a base da subsistência maia. Além da escassez de alimentos, intensificou conflitos e migrações, esfacelando a estrutura social e política das comunidades. O estudo revela que a seca teve efeitos devastadores sobre a capacidade de gestão dos recursos hídricos, essenciais para a sobrevivência das populações.

O caso do colapso maia atua como um alerta sobre as consequências da dependência de recursos naturais. A pesquisa evidencia a importância de considerar fatores climáticos na análise das antigas civilizações e ressalta a necessidade de adaptação das sociedades às mudanças ambientais para garantir sua sobrevivência a longo prazo.
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Um novo estudo revelou que o Colapso maia por seca pode ter sido desencadeado por uma extensa estiagem que assolou a região por 13 anos consecutivos, entre 929 e 942 d.C. A pesquisa, publicada na revista Science Advances, aponta que essa longa seca, a mais severa já registrada, coincidiu com um período de instabilidade política e declínio das cidades no norte da península de Yucatán, no México.

A magnitude da seca, que durou mais de uma década, teve um impacto devastador nas sociedades maias, que dependiam da agricultura para sua subsistência. A falta de água não apenas comprometeu a produção de alimentos, mas também gerou conflitos e migrações, contribuindo para o enfraquecimento das estruturas sociais e políticas.

O estudo destaca que o período de seca coincidiu com o declínio urbano e a instabilidade política na região de Yucatán, sugerindo uma forte correlação entre os eventos climáticos extremos e o colapso da civilização maia. A escassez de recursos naturais pode ter intensificado as tensões internas, levando a conflitos e fragmentação política.

Além disso, a seca prolongada pode ter afetado a capacidade dos maias de manter seus complexos sistemas de irrigação e gestão de recursos hídricos, que eram essenciais para sustentar suas populações. A deterioração desses sistemas pode ter agravado ainda mais a crise, tornando a vida nas cidades maias insustentável.

A pesquisa reforça a importância de considerar fatores ambientais, como as mudanças climáticas, ao analisar o declínio das civilizações antigas. O caso do colapso maia por seca serve como um alerta sobre os riscos de dependência excessiva de recursos naturais e a necessidade de adaptar as sociedades às mudanças ambientais para garantir sua sobrevivência a longo prazo.

O estudo contribui para uma melhor compreensão das causas complexas do declínio da civilização maia, destacando o papel crucial do clima e dos recursos naturais na história das sociedades humanas. A análise dos dados climáticos e arqueológicos revela a importância de considerar a interação entre fatores ambientais, sociais e políticos para explicar o destino das civilizações antigas, como o colapso maia por seca.

Via Folha de São Paulo

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.