Seca de 13 anos no século 10 pode ter levado ao colapso maia

Estudo revela que seca extrema pode ter contribuído para o colapso da civilização maia.
31/08/2025 às 07:26 | Atualizado há 2 dias
Colapso maia
A estiagem é a mais severa em mil anos, impactando diversas regiões. (Imagem/Reprodução: Redir)

O colapso maia é um dos mistérios mais intrigantes da história. Um recente estudo na revista Science Advances sugere que uma seca devastadora, entre 929 e 942 d.C., pode ter sido um fator decisivo nesse colapso. Essa pesquisa enriquece nosso entendimento sobre os desafios enfrentados pelos maias e as consequências de eventos climáticos extremos.

A seca de 13 anos coincidiu com períodos de incerteza política e declínio urbano na região norte da península de Yucatán, México. A severidade dessa seca afetou a agricultura e a disponibilidade de água, o que prejudicou a capacidade de sustentar grandes cidades. Esse fator exacerbado pode ter intensificado conflitos e contribuído para a migração em massa.

Além da seca, outros fatores, como guerras e mudanças climáticas de longo prazo, podem ter influenciado o colapso. Compreender esses eventos é essencial para lidar com as mudanças climáticas atuais e desenvolver estratégias de adaptação. O estudo ilustra como civilizações complexas podem sucumbir a pressões ambientais e sociais.
O colapso maia, um dos maiores mistérios da história mesoamericana, pode ter suas raízes em um evento climático extremo. Um estudo recente, publicado na revista Science Advances, aponta para uma seca implacável de 13 anos, entre 929 e 942 d.C., como um fator crucial no declínio desta civilização. Essa descoberta oferece novas perspectivas sobre os desafios enfrentados pelos maias e as possíveis causas de sua desintegração social e política.

A pesquisa revela que a seca prolongada coincidiu com um período de significativa instabilidade política e declínio urbano, especialmente na região norte da península de Yucatán, no México. A duração sem precedentes dessa seca, a mais longa já registrada, pode ter exacerbado tensões existentes e contribuído para o colapso maia, afetando drasticamente a agricultura, a disponibilidade de água e a capacidade de sustentar grandes populações em centros urbanos.

O impacto dessa seca de 13 anos no colapso maia vai além da simples escassez de recursos. A pesquisa sugere que a seca pode ter desencadeado uma série de eventos que levaram ao enfraquecimento das estruturas de poder e à desestabilização social. A falta de água e alimentos pode ter intensificado conflitos internos, migrações em massa e o abandono de cidades, contribuindo para o declínio geral da civilização maia.

Além disso, é importante considerar que o colapso maia foi provavelmente um processo multifacetado, influenciado por uma combinação de fatores ambientais, sociais e políticos. A seca de 13 anos pode ter sido um catalisador, mas outros elementos, como guerras, superpopulação, desmatamento e mudanças climáticas de longo prazo, também podem ter desempenhado um papel importante no desenrolar da história maia.

O estudo destaca a importância de entender os impactos das mudanças climáticas nas sociedades antigas e como eventos extremos podem levar ao colapso de civilizações complexas. Ao analisar o caso do colapso maia, podemos obter *insights* valiosos sobre os desafios que enfrentamos hoje em relação às mudanças climáticas e a necessidade de desenvolver estratégias de adaptação e resiliência para garantir a sustentabilidade de nossas sociedades.

Via Folha de São Paulo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.