O ex-CEO do Google, Eric Schmidt, defende uma abordagem radical para aumentar a produtividade: abandonar o uso de smartphones no trabalho. Em entrevista ao podcast Moonshot, Schmidt compartilhou sua crença de que a constante conectividade e as notificações incessantes são inimigas da concentração e do trabalho profundo.
Schmidt ressalta que, mesmo trabalhando com jovens pesquisadores, a estratégia de desligar os celulares tem se mostrado eficaz para combater as distrações. Sua experiência à frente do Google, impulsionador do sistema Android e de inúmeros aplicativos focados em capturar a atenção do usuário, confere peso à sua opinião.
A visão de Schmidt sobre o uso de smartphones no trabalho questiona a própria lógica da economia da atenção. Segundo ele, as empresas buscam incessantemente monetizar cada minuto do nosso dia, seja por meio de anúncios, entretenimento ou assinaturas, o que se opõe diretamente às necessidades humanas de foco e concentração para um trabalho de qualidade.
Estudos recentes corroboram a preocupação de Schmidt. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, divulgada em 2024, revelou uma drástica diminuição no tempo médio de atenção das pessoas em frente às telas, caindo de 2,4 minutos em 2004 para apenas 47 segundos.
Essa crescente dependência tecnológica tem um impacto significativo na capacidade de concentração e na produtividade. O Brasil, de acordo com um levantamento da DataReportal, é o segundo país com o maior número de pessoas expostas às telas, com uma média de 9 horas diárias.
O **uso de smartphones no trabalho** pode parecer inevitável no mundo moderno, mas a reflexão proposta por Eric Schmidt e os dados apresentados por estudos recentes nos convidam a repensar essa relação. Encontrar um equilíbrio entre a conectividade e a necessidade de foco pode ser a chave para um trabalho mais eficiente e uma vida digital mais saudável.
Via TecMundo