Selic permanece em 15% ao ano pela terceira vez seguida, explica Copom

Copom mantém Selic em 15% para conter a inflação em cenário econômico incerto.
05/11/2025 às 19:01 | Atualizado há 1 dia
               
Manutenção da taxa Selic
Copom mantém Selic em 15% ao ano, maior patamar desde 2006. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, taxa mais alta desde 2006, por unanimidade entre os membros. A decisão, esperada pelo mercado, visa controlar a inflação elevada e instabilidade econômica.

O Comitê destacou a incerteza econômica global, especialmente políticas dos EUA e negociações tarifárias que impactam o Brasil. Internamente, a inflação ainda está acima da meta, exigindo cautela e manutenção da política monetária restritiva.

Além disso, o Copom ressaltou riscos tanto de alta quanto de baixa inflação, monitorando a atividade econômica e o mercado de trabalho. A manutenção prolongada da Selic busca garantir a convergência da inflação para os próximos anos.
“`html

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, o patamar mais alto desde meados de 2006. A decisão, unânime entre os membros do colegiado, já era amplamente esperada pelo mercado, conforme indicavam os contratos de Opções de Copom da B3.

A decisão do Copom reflete uma postura cautelosa diante de um cenário econômico global ainda incerto, com destaque para a política econômica dos Estados Unidos e as negociações tarifárias entre Brasil e EUA. No âmbito doméstico, o Copom ressaltou que as expectativas de inflação permanecem desancoradas, com projeções ainda elevadas.

Internacionalmente, o Copom expressou preocupação com a conjuntura econômica e a política dos Estados Unidos, que podem impactar as condições financeiras globais. O Comitê enfatizou a necessidade de cautela por parte dos países emergentes em um ambiente geopolítico tenso, monitorando de perto as políticas tarifárias que afetam o Brasil.

No cenário interno, o Banco Central observou uma moderação no crescimento da atividade econômica, embora o mercado de trabalho continue mostrando dinamismo. A inflação, embora apresente sinais de desaceleração, ainda se mantém acima das metas estabelecidas, o que exige uma política monetária contracionista.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026, conforme pesquisa Focus, permanecem acima da meta, em 4,5% e 4,2%, respectivamente. A projeção do Copom para o segundo trimestre de 2027 é de 3,3%, indicando que os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, ainda são consideráveis.

Entre os riscos de alta para a inflação, o Copom destacou a desancoragem das expectativas, a resiliência da inflação de serviços e o impacto de políticas econômicas externas e internas. Já os riscos de baixa incluem uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica, uma desaceleração global e uma possível redução nos preços das commodities.

O Copom sinalizou que a manutenção da taxa Selic por um período prolongado é necessária para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê reiterou que se manterá vigilante e que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados conforme a evolução do cenário econômico.

A decisão de manter a manutenção da taxa Selic foi unânime entre os diretores do Banco Central, incluindo o presidente Gabriel Galípolo e os demais membros do Copom. Essa postura reflete a preocupação em conter a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.

A manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, conforme decisão do Copom, reflete uma estratégia de política monetária cautelosa, visando assegurar a convergência da inflação à meta estabelecida, diante de um cenário econômico global e doméstico ainda marcado por incertezas.

Via Money Times

“`

Sem tags disponíveis.
Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.