A taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, seu maior patamar desde 2016, eleva os custos de crédito para empresas e investidores. Apesar disso, o agronegócio e a indústria exportadora seguem fortalecendo a economia brasileira em 2024. Um destaque nesse cenário são os Investimentos em Agtechs, que cresceram 25% na América Latina, segundo o Radar Agtech Brasil.
O relatório, produzido pela Embrapa em parceria com Homo Ludens e SP Ventures, mostra que o setor recebeu R$ 1,16 bilhão no Brasil este ano. Mesmo com juros altos, soluções para clima, biotecnologia e digitalização do agro continuam atraindo capital. O real desvalorizado também impulsiona o interesse de fundos estrangeiros.
Startups focadas em eficiência operacional, sustentabilidade e competitividade são as mais visadas. Argentina, Brasil e México lideram os aportes na região. A demanda por inovações que enfrentem mudanças climáticas, escassez hídrica e degradação do solo mantém o setor aquecido.
Dados indicam que o agro brasileiro, com sua biodiversidade e infraestrutura produtiva, está se consolidando como polo global de tecnologia alimentar. Investidores enxergam resiliência em negócios que combinam produtividade com impacto ambiental positivo. Para especialistas, o momento testa a capacidade das empresas de se adaptarem a cenários econômicos desafiadores.
O gráfico divulgado no relatório confirma que a alta da Selic não reduziu o fluxo de recursos para inovação sustentável no campo. Projetos com modelos escaláveis e foco em longo prazo seguem sendo prioridade para quem aposta no potencial de transformação do setor.
Via Startups.com.br