Semente de chia: de decoração em vasinhos a sucesso nas dietas

Semente de chia: de adorno à dieta! Descubra a história, benefícios e como essa semente nutritiva conquistou o mundo. Saiba mais!
15/02/2025 às 17:34 | Atualizado há 3 meses
Semente de chia
Semente de chia

A semente de chia, um alimento básico nas civilizações antigas da América Central, teve um percurso surpreendente até se tornar um item popular nas dietas modernas. Originária do sul do México e da Guatemala, essa semente, da planta _Salvia hispanica_, já foi um componente essencial na alimentação dos maias e astecas, utilizada em farinhas, óleos e misturada em diversas preparações.

A história da semente de chia revela como um alimento, outrora fundamental para civilizações antigas, foi quase esquecido e, posteriormente, redescoberto. Após a chegada dos colonizadores espanhóis, a chia perdeu espaço para novos ingredientes e foi relegada a usos marginais, como em uma refrescante limonada e na decoração de vasos de terracota em Oaxaca, no México.

Essa tradição de uso decorativo, ironicamente, pavimentou o caminho para o ressurgimento da semente de chia. Em 1977, o publicitário americano Joe Pedott se encantou com os vasinhos de chia, transformando-os nos famosos Chia Pets em 1982, um sucesso de marketing que popularizou a semente nos Estados Unidos.

Mas foi o Dr. Wayne Coates, da Universidade do Arizona, quem despertou o interesse da comunidade científica e dos consumidores para o potencial nutricional da semente de chia. Em 1991, Coates investigava culturas alternativas na Argentina quando redescobriu a chia.

Impressionado com suas qualidades, Coates começou a estudar e promover a semente de chia, culminando na publicação do livro “Chia: Rediscovering a Forgotten Crop of the Aztecs” em 2005. A obra destacou o potencial nutritivo da semente, rica em fibras, proteínas, cálcio, ferro e ômega 3, associada a diversos benefícios para a saúde.

No início do século 21, a semente de chia invadiu o mercado em diversos produtos, como barrinhas de cereal, bolos e panquecas, impulsionando a demanda e o preço. Apesar da sua crescente popularidade, é importante lembrar que o termo “superalimento” é impreciso e não possui respaldo científico.

Embora a semente de chia possua inegáveis qualidades nutricionais, uma dieta equilibrada e variada é sempre a melhor opção para a saúde. O foco deve estar no consumo de alimentos _in natura_ em vez de depender exclusivamente de poucos “superalimentos” com preços elevados.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.