A startup Silverguard, focada em proteção financeira digital e criada em 2023, acaba de receber um importante aporte financeiro do Sororitê Fund 1. O investimento, cujo valor não foi divulgado, será direcionado para expandir a equipe de tecnologia da empresa, marcando o segundo investimento do fundo Sororitê Ventures. A iniciativa da Silverguard surgiu após a fundadora, Márcia Netto, vivenciar um golpe digital com seu pai.
A Silverguard atua tanto no mercado B2C quanto no B2B. Para o consumidor final, oferece gratuitamente a plataforma SOS Golpe, um canal para denúncias de crimes digitais. Já para empresas, disponibiliza ferramentas como o AI Scam Checker, um sistema de pontuação antifraude que otimiza o bloqueio de contas suspeitas, reduzindo falsos positivos. Uma das soluções mais recentes é o MED-as-a-Service, que auxilia instituições financeiras a cumprirem a norma BCB 589 do Banco Central, que exige o Mecanismo Especial de Devolução (MED) em casos de golpe via Combater fraudes com PIX.
Em um cenário onde as fraudes financeiras geraram prejuízos de R$ 25,5 bilhões no último ano, a Silverguard se destaca ao unir tecnologia, análise de dados e o engajamento das vítimas. A fundadora, Márcia Netto, destaca que a startup está construindo um ecossistema que auxilia vítimas de golpes, criando uma base de dados exclusiva e elevando a eficiência de bancos e fintechs com o score do AI Scam Checker.
O Sororitê Fund 1, que liderou o investimento, tem como missão apoiar startups inovadoras lideradas por mulheres e planeja realizar mais seis aportes em 2025, todos focados em startups de tecnologia em estágio inicial. Jaana Goeggel, da Sororitê Ventures, ressalta que a Silverguard utiliza o poder da comunidade e inteligência artificial para criar uma resposta mais ágil e uma inteligência antifraude preditiva.
Erica Fridman, também da Sororitê Ventures, complementa que o investimento reforça o compromisso do fundo em apoiar negócios que desafiam modelos tradicionais e oferecem soluções escaláveis para problemas complexos. O foco é investir em startups com pelo menos uma mulher no time fundador e fortalecer o ecossistema de venture capital feminino no Brasil. A solução MED-as-a-Service é uma ferramenta para instituições financeiras que precisam atender à norma BCB 589 do Banco Central, que obriga a implementação do Mecanismo Especial de Devolução (MED) em casos de golpe envolvendo Pix.
A relevância da Silverguard reside na sua capacidade de resposta e na utilização de inteligência artificial para a proteção financeira digital. A empresa demonstra um modelo promissor para mitigar os impactos financeiros causados por crimes digitais, especialmente em um cenário onde os golpes via Pix têm se tornado cada vez mais comuns.
Via Startupi