Sistema Positivo propõe uso de tecnologia com empatia para transformar a educação

Conheça o plano do Sistema Positivo para integrar tecnologia e empatia na educação, transformando o aprendizado.
19/05/2025 às 17:25 | Atualizado há 2 meses
Educação inclusiva no Brasil
Programa de inclusão investiu R$ 3 milhões em tecnologia e pedagogia em 2025. (Imagem/Reprodução: Exame)

A Educação inclusiva no Brasil ainda enfrenta desafios diários, mesmo com avanços legais como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI). O Censo Escolar aponta que mais de 1 milhão de estudantes com deficiência estão matriculados na educação básica, mas muitos não têm acesso ao aprendizado efetivo. As principais barreiras são a falta de formação continuada para professores, a escassez de materiais adaptados e a ausência de apoio pedagógico especializado.

Diante desse cenário, o Sistema Positivo de Ensino, que atende a mais de 440 mil estudantes em todo o país, estabeleceu como prioridade estratégica a transformação dessa realidade. Por meio do programa Pertencer – Jornada de Inclusão, a instituição investiu R$ 3 milhões neste ano para promover uma cultura inclusiva em mais de 1,6 mil escolas parceiras. A iniciativa combina capacitação docente, tecnologia assistiva e inteligência artificial para personalizar o ensino.

O programa Pertencer é estruturado em cinco etapas: reconhecer, acolher, desenvolver, avaliar e acompanhar. O objetivo é ampliar o acesso ao conhecimento, respeitando os ritmos e as necessidades individuais de cada aluno. Milena Fiuza, diretora pedagógica do Sistema Positivo, destaca que a inovação amplia a criatividade e que a instituição busca conduzir as escolas para um futuro em que a tecnologia apoie as relações humanas.

No centro da proposta está o programa ProF, que oferece trilhas formativas a distância e presenciais, eventos regionais e ciclos de lives voltados para práticas pedagógicas inclusivas. O objetivo é capacitar os professores para lidar com situações reais de sala de aula, promovendo estratégias eficazes de educação inclusiva no Brasil. Segundo Fiuza, as melhores adaptações estão na conduta do professor, ao naturalizar as diferenças.

Desde a educação infantil até o ensino médio, já foram realizadas mais de 50 mil horas de capacitação. Além disso, a frente consultiva orienta as escolas sobre práticas acessíveis, como vídeos com audiodescrição e provas com diagramação adaptada. A infraestrutura digital do Sistema Positivo inclui leitor de tela, intérprete em Libras, legendas automáticas, navegação simplificada e inversão de cores.

Nos materiais físicos, disponibilizados em casos específicos, há desde provas em Braille até versões com fonte ampliada e uso de cores adaptadas para alunos com baixa visão. Em Guarulhos (SP), Cherliana de Aquino, coordenadora do Colégio Educar, relata que o assistente do professor ajuda a organizar planos de aula com mais rapidez e adaptar avaliações com base nas necessidades de cada aluno.

Em Curitiba, Helen Souza, coordenadora da Escola Estadual Sebastião Paraná, destaca o uso dos vídeos do Positivo On (Plataforma digital de aprendizagem) como ferramenta de apoio para estudantes com dificuldades de aprendizagem. A proposta do Sistema Positivo se alinha a um movimento nacional. O Ministério da Educação projeta investir R$ 3 bilhões até 2026 em ações voltadas para a educação inclusiva no Brasil.

Esses investimentos incluem formação docente, tecnologia assistiva e materiais acessíveis em mais de 38 mil escolas públicas. No entanto, a transformação ainda enfrenta obstáculos como infraestrutura deficiente, falta de profissionais especializados e resistência cultural. Para Luisa Muniz Felix de Souza, diretora-geral do Sistema Positivo, é preciso manter o foco na sala de aula.

A diretora ressalta que cada estudante e cada professor são únicos e que os recursos e suportes devem priorizar as condutas humanas na jornada do ensino. Só assim será possível inaugurar uma nova era da educação – uma educação, de fato, para todos. A iniciativa do Sistema Positivo demonstra um compromisso com a **educação inclusiva no Brasil**, buscando transformar a realidade de milhares de estudantes com deficiência.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.