Paulo Mesquita, sócio da Riza, contesta a ideia de crise no agronegócio brasileiro. Ele afirma que a inadimplência de 3% no Banco do Brasil não representa a realidade dos produtores, que continuam investindo. Mesquita participou do Raiz do Negócio, onde criticou a restrição de crédito do BB a agricultores com bom histórico.
Durante a conversa, Mesquita apontou que, mesmo com um aumento inicial da inadimplência, houve uma estabilização no segundo semestre. Para ele, a postura do Banco do Brasil é arriscada e pode afetar a liquidez do setor, forçando produtores a buscar recursos próprios para refinanciar dívidas. No entanto, ele acredita que essa dificuldade está se amenizando.
Mesquita destaca sinais de melhora no cenário do crédito ao agronegócio no segundo semestre. Com a possibilidade de preços favoráveis na próxima safra, os produtores podem obter boas margens de lucro. Segundo ele, o aumento na produtividade e a perspectiva positiva para a soja em 2025 impulsionam a recuperação das margens, minimizando a preocupação com a inadimplência.
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Em um cenário de debates sobre a saúde financeira do setor, Paulo Mesquita, sócio da Riza, contesta a visão de que o agronegócio brasileiro enfrenta uma crise generalizada devido à inadimplência. Segundo ele, a análise focada nos 3% de default na carteira do Banco do Brasil (BBAS3) não reflete a realidade observada no campo, onde muitos produtores continuam a realizar investimentos significativos.
Mesquita, que participou do episódio do Raiz do Negócio, uma parceria entre o InfoMoney e The AgriBiz, ressalta que, apesar de um aumento na inadimplência até meados do ano, houve uma estabilização no segundo semestre. Ele critica a postura do Banco do Brasil, mencionando que a restrição repentina de crédito ao agronegócio a produtores com histórico positivo é inédita e arriscada.
De acordo com Mesquita, essa restrição de crédito ao agronegócio, somada à cautela de multinacionais após resultados desfavoráveis, limitou a liquidez do setor e impulsionou a inadimplência. Produtores tiveram que recorrer a recursos próprios e ao mercado para refinanciar suas dívidas. Essa situação, no entanto, parece estar se atenuando.
Apesar dos desafios, Mesquita acredita que o cenário de crédito ao agronegócio mostra sinais de melhora no segundo semestre e caminha para uma estabilidade. Ele minimiza o impacto da inadimplência, afirmando que ela não indica uma crise no setor. A recuperação, impulsionada por uma safrinha de alta produtividade e bons preços do milho, aliada a perspectivas positivas para a soja em 2025, sinaliza uma recuperação das margens de lucro no setor.
Mesquita enfatiza que, com a possibilidade de fixar a soja no Tocantins a R$ 120 para a próxima safra, os produtores podem alcançar margens de até 30% ao ano. Essa perspectiva otimista reforça a visão de que o ciclo vindouro será favorável para o agronegócio brasileiro, apesar dos percalços recentes no acesso ao crédito.
Via InfoMoney
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