No Brasil, um dos maiores desafios da **rastreabilidade de reciclagem** é garantir que o lixo descartado siga o caminho correto. A startup Yattó, fundada em 2015, surgiu com o objetivo de usar tecnologia e transparência para rastrear toda a cadeia de economia circular no país. Dados recentes da Fundação Dom Cabral e do Instituto Atmos revelam que, de 81 milhões de toneladas de resíduos gerados, apenas uma pequena fração é efetivamente reciclada, entre 2,4% e 8,3%.
A Yattó desenvolveu um sistema de rastreabilidade que monitora cada etapa do ciclo de vida dos resíduos, desde a origem até o destino final. Desde 2021, o programa já reciclou mais de 1.800 toneladas de embalagens plásticas flexíveis, um material complexo para a reciclagem. A startup estabeleceu parcerias com grandes empresas como Mosaic e Liza, integrando a sustentabilidade nas estratégias de negócios dessas companhias.
Empresas estão cada vez mais pressionadas a adotar práticas sustentáveis e comprovar seu impacto ambiental. A rastreabilidade de reciclagem surge como uma solução para garantir a efetividade dos processos. Segundo Leonardo Lopes, um dos fundadores da Yattó, o sistema da startup permite comprovar o destino de cada item reciclado, mostrando se o material foi transformado em um novo produto, embalagem ou resina.
A tecnologia é um diferencial importante no sistema da Yattó. As empresas parceiras utilizam uma plataforma digital que fornece dados e relatórios em tempo real sobre a movimentação dos resíduos. Além disso, a plataforma oferece informações detalhadas que permitem acompanhar todo o ciclo de vida dos materiais, garantindo a rastreabilidade de reciclagem e a transparência do processo.
Via Exame