No cenário de inovação tecnológica, uma startup sueca chamada Lovable tem chamado a atenção ao apresentar um novo modelo de crescimento mais rápido no desenvolvimento de softwares. A plataforma, que usa inteligência artificial, já atraiu milhares de usuários e gerou milhões em receita em tempo recorde, despertando o interesse de investidores e gigantes do setor. Mas o que torna a Lovable tão especial?
Oskar Munck af Rosenschöld, por exemplo, utilizou a ferramenta de IA para lançar a FrameSage, um marketplace que conecta filmes a financiadores, faturando US$ 50 mil em poucos meses. A Lovable tem democratizado a criação de softwares, permitindo que empreendedores transformem suas ideias em realidade de forma rápida e eficiente. Jaleel Miles, da Suécia, usou a plataforma para criar a Quicktables, uma startup de gestão de restaurantes que já acumula mais de US$ 120 mil em vendas.
A Lovable alcançou US$ 100 milhões em receita de assinaturas em apenas oito meses, superando empresas como Wiz e Deel. Anton Osika, CEO da Lovable, acredita que a capacidade de construir softwares não deve ser limitada ao conhecimento de programação ou acesso a capital. No Rio de Janeiro, a QConcursos lançou uma versão premium do aplicativo em duas semanas com a plataforma, gerando US$ 3 milhões em 48 horas.
A Accel, liderada por Ben Fletcher, está investindo US$ 200 milhões na empresa sueca, avaliando-a em US$ 1,8 bilhão. A Lovable enfrenta a concorrência de empresas como Replit e StackBlitz, mas gigantes da IA, como OpenAI e Google, também estão de olho no mercado de vibe coding, que visa criar softwares de forma intuitiva com inteligência artificial.
Satya Nadella, da Microsoft, revelou que até 30% do código da empresa é gerado por IA. Sundar Pichai, do Google, também investiu em ferramentas de codificação por IA, o que pode impactar a contratação de programadores iniciantes. Para empreendedores como Theresa Anoje, a Lovable tem sido uma solução para transformar ideias em negócios reais. A plataforma oferece planos a partir de US$ 25 por mês, tornando o desenvolvimento de software acessível a todos.
Osika estudou física e trabalhou no CERN antes de perceber o impacto da indústria na construção de empresas. Ele cofundou a Depict AI, vendendo algoritmos de recomendação de produtos, e criou a GPT Engineer, uma ferramenta de IA publicada no Github. A Lovable passou por reformulações e, após um relançamento, faturou mais de US$ 5 milhões em um mês.
Apesar do intenso crescimento mais rápido, a concorrência é um desafio para a Lovable. Figma e Wix também estão desenvolvendo suas próprias ferramentas de IA. A plataforma tem limitações na estrutura interna de aplicativos complexos, exigindo intervenção humana. Lennert Jansen, da Airweave, utilizou a Lovable para criar um protótipo e acelerar as etapas iniciais de sua startup.
A dependência de modelos de IA de base, como o Claude da Anthropic, também é um ponto de atenção, com a Anthropic vendendo sua própria ferramenta de codificação. Osika busca alternar entre modelos de IA para otimizar a eficiência e os custos. A Lovable se posiciona como uma ferramenta para transformar ideias em realidade de forma rápida e acessível.
Via Forbes Brasil
