Startups de IA prosperam com equipes enxutas

Entenda como equipes menores impulsionam o crescimento das startups de IA.
26/06/2025 às 10:04 | Atualizado há 2 meses
IA em startups
Equipes enxutas aceleram o sucesso das startups de IA. (Imagem/Reprodução: Startups)

O cenário das startups está sendo redefinido pela IA em startups, com mudanças significativas nas métricas de eficiência. Um estudo recente da Astella, em colaboração com o Distrito IA e startups do programa NVIDIA Inception, aponta que as empresas nativas em IA operam com equipes mais compactas, maior concentração de desenvolvedores e um crescimento mais acelerado em comparação com as startups tradicionais.

O estudo revelou que as startups que integram IA desde o início possuem, em média, um número de colaboradores até 60% menor em relação às startups convencionais com faturamento equivalente. Por exemplo, uma startup tradicional com receita anual de até R$ 1 milhão geralmente tem oito colaboradores, enquanto uma empresa nativa em IA na mesma faixa opera com apenas três.

As áreas que apresentaram os maiores ganhos de produtividade com a IA incluem engenharia, suporte, vendas e finanças. Esse aumento de produtividade tem um impacto que vai além dos resultados individuais das empresas, podendo influenciar o valor das rodadas de investimento, especialmente no estágio inicial. Se as empresas conseguem produzir mais com menos recursos, o valor dos investimentos pode ser ajustado para baixo.

De acordo com o estudo, a produtividade por colaborador pode se tornar uma métrica de eficiência chave nos próximos anos. Essa métrica deve substituir o foco exclusivo no crescimento do quadro de funcionários como principal meio de sustentar o crescimento do negócio. Investidores de venture capital estão cada vez mais atentos à necessidade de diferenciais técnicos e barreiras competitivas sólidas que justifiquem os altos valores das startups de IA.

Além da tecnologia, o perfil dos profissionais está evoluindo, com habilidades como pensamento crítico, capacidade de experimentação e proatividade ganhando destaque em detrimento de diplomas e títulos. Um novo papel profissional está emergindo: o GTM Engineer (Go-To-Market Engineer), que conecta tecnologia, vendas e marketing para coordenar estratégias comerciais automatizadas por meio da IA.

A pesquisa também indica que 60% das empresas nativas em IA têm mais da metade de suas equipes composta por desenvolvedores. A liderança C-Level, por sua vez, está mais focada na gestão de processos, dados e tecnologia do que na gestão direta de pessoas. Essa transformação estrutural aponta para o surgimento de um novo tipo de empresa, onde a automação inteligente não apenas reduz custos, mas também aumenta o impacto das equipes.

Via Startups

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.