O plenário do **Supremo Tribunal Federal (STF)** concluiu o julgamento de quatro agravos apresentados pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto. A decisão manteve os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin como os responsáveis por julgar a ação que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado.
Apenas o ministro André Mendonça apresentou divergência, votando a favor do reconhecimento dos impedimentos de Moraes e Dino. A votação foi unânime em relação a Zanin. Mendonça justificou seu voto, mencionando que Moraes seria um dos alvos do grupo investigado.
Ao analisar o pedido de Impedimento ministros STF no caso de Dino, Mendonça argumentou que o ministro já havia movido uma ação contra Bolsonaro, o que poderia comprometer a imparcialidade judicial.
Luiz Fux acompanhou a maioria, mas divergiu sobre o pedido de julgamento no plenário, argumentando que os agravos não seriam o instrumento recursal adequado para discutir o tema.
Em seu voto, o ministro Barroso reiterou que as defesas não apresentaram provas que justificassem o impedimento dos ministros. Segundo ele, não houve uma demonstração concreta de parcialidade.
Os processos foram priorizados porque o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outras seis pessoas, apontadas como líderes do plano golpista, está agendado para o dia 25 de março na Primeira Turma do STF.
Quais foram os recursos analisados? Mário Fernandes solicitou a suspensão do ministro Flávio Dino, alegando que ele exercia o cargo de ministro da Justiça durante os eventos de 8 de janeiro. Bolsonaro alegou a suspeição de Dino, baseando-se em uma queixa-crime por calúnia, injúria e difamação movida pelo ministro contra o ex-presidente, quando Dino ainda era governador do Maranhão.
Outro recurso questionava o Impedimento ministros STF, pois Bolsonaro alegou o impedimento de Cristiano Zanin, argumentando que, como advogado, Zanin subscreveu, em nome do PT, uma notícia-crime contra Bolsonaro por ataques às instituições. Braga Netto questionou a imparcialidade de Alexandre de Moraes, alegando que ele não poderia relatar o processo, já que a denúncia menciona uma suposta operação para executá-lo em meio ao golpe, referindo-se ao Plano Punhal Verde e Amarelo e ao Copa 2022.
Em resumo, o **STF** manteve os ministros nos cargos, após analisar os pedidos de Impedimento ministros STF, considerando que as alegações de parcialidade não foram comprovadas de forma concreta. O processo segue para julgamento na Primeira Turma, com data já definida.