Swift afirma ao Brasil que não está sujeito a sanções arbitrárias

O sistema SWIFT garante ao Brasil que suas operações não estão sujeitas a sanções, destacando a importância do país no cenário financeiro.
15/08/2025 às 08:21 | Atualizado há 1 mês
Sistema Swift no Brasil
Swift opera na Bélgica, seguindo a legislação da UE e não a dos EUA. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O secretário executivo do Ministério da Fazenda se reuniu com o chefe global de assuntos corporativos do Swift para discutir a autonomia do sistema. A conversa abordou a presença e a importância do Brasil no cenário financeiro global, e especialmente a segurança das transações financeiras brasileiras.

Durante a reunião, o representante do Swift reafirmou que o sistema não está sujeito a sanções arbitrárias, um ponto crucial considerando a aplicação da Lei Magnitsky. Essa garantia é fundamental para a continuidade das operações financeiras, assegurando independência em relação a sanções de países específicos.

O Brasil, reconhecido como um dos maiores usuários do sistema, reforça sua posição soberana e autônoma nas relações internacionais. O diálogo com o Swift mostra um compromisso com a segurança financeira e destaca a crescente representatividade de nações emergentes no sistema.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu com Hayden Allan, Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift, para discutir a importância do sistema na integração bancária global. A conversa abordou a autonomia do Swift em relação a sanções de países específicos e a crescente representatividade de nações emergentes. O encontro reafirmou a relevância do Brasil como um dos maiores usuários do sistema Swift mundialmente.

O Sistema Swift no Brasil conecta mais de 11.500 instituições financeiras em mais de 200 países, e opera sob a legislação da União Europeia, garantindo sua independência em relação às decisões dos EUA. Durante a reunião, Allan assegurou que o Swift não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos, o que traz segurança para as transações financeiras brasileiras. Essa garantia é crucial, especialmente após a aplicação da Lei Magnitsky pelo governo americano a um ministro do STF.

Durigan enfatizou que o Brasil é um país soberano, democrático e autônomo, que exige reciprocidade nas relações internacionais. A confirmação de que o país é um dos maiores usuários do Swift globalmente reforça a importância do Brasil no cenário financeiro mundial. Além disso, Allan mencionou que o sistema processa transações em diversas moedas e está aumentando a representatividade de países emergentes em seu conselho administrativo, demonstrando uma visão inclusiva e multilateral.

O governo brasileiro já estava atento à possibilidade de exclusão do país do Swift, seguindo o exemplo da União Europeia que excluiu bancos russos em 2022. Apesar de não haver um cenário que justifique tal ação no momento, o governo permanece vigilante. O diálogo com o Swift reforça a posição do Brasil como um ator relevante no sistema financeiro internacional, garantindo a continuidade e a segurança das operações.

Via InfoMoney

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