Tarifas dos EUA Começam Hoje e Atraem Atenção de Investidores

Início das tarifas dos EUA gera expectativas e irá impactar as exportações brasileiras. Entenda a situação no mercado.
06/08/2025 às 08:44 | Atualizado há 2 meses
Tarifas dos Estados Unidos
Notícias e indicadores impactam os preços dos ativos nesta quarta, 6 de agosto. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Nesta quarta-feira, as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entram em vigor. O foco principal está nos itens do agronegócio, como soja e carnes, enquanto produtos como petróleo e suco de laranja estão isentos. Analistas preveem um impacto negativo significativo na balança comercial do Brasil.

As exportações brasileiras para os EUA somaram cerca de US$ 35 bilhões em um ano, com mais de um terço desse valor sendo afetado. Com as novas tarifas de 50%, o país pode perder competitividade e precisar buscar novos mercados. A Confederação da Agricultura estima que o setor agropecuário poderá enfrentar prejuízos superiores a US$ 5 bilhões por ano.

Os mercados financeiros reagem cautelosamente, com o dólar apresentando leve alta. O governo brasileiro mantém um tom moderado, buscando diálogo. A atenção se volta para como esses novos impostos impactarão o crescimento econômico e a inflação, especialmente se as vendas caírem a partir do próximo trimestre.
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Quarta-feira, 6 de agosto: Entenda o cenário em que as Tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entram em vigor. Essa medida, que foi anunciada na última semana pelo governo americano, tem como alvo principal itens do agronegócio, como soja, carnes e açúcar, isentando produtos como petróleo, suco de laranja e aviões. O impacto direto é esperado para ser negativo para os exportadores e para o saldo da balança comercial.

As exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram cerca de US$ 35 bilhões nos 12 meses anteriores a julho. Mais de um terço desse valor é proveniente dos produtos que agora estão sujeitos a tarifas de 50%. Com essa nova alíquota, as empresas brasileiras podem enfrentar uma perda de competitividade e serem forçadas a buscar outros mercados para seus produtos.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o setor agropecuário poderá ter um prejuízo anual superior a US$ 5 bilhões devido às Tarifas dos Estados Unidos. Os produtos mais afetados incluem a soja em grão, a carne bovina in natura e o etanol de cana-de-açúcar. O governo brasileiro está avaliando se recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC), mas não há previsão de medidas imediatas.

A reação dos mercados financeiros tem sido moderada até o momento. Na terça-feira (5), o dólar à vista fechou com uma alta de 0,15%, cotado a R$ 5,508. O Ibovespa apresentou oscilações ao longo do dia, mas encerrou com um leve avanço de 0,14%, atingindo 133.151 pontos. Os investidores não descartam a possibilidade de o governo americano reconsiderar ou alterar os termos da tarifa, apesar de Donald Trump não ter indicado flexibilizações até o momento.

Investidores internacionais estão monitorando a temporada de resultados corporativos e os sinais da política monetária nos Estados Unidos, o que tem ofuscado, pelo menos no curto prazo, os efeitos diretos das Tarifas dos Estados Unidos sobre o Brasil. No âmbito político, o governo brasileiro adotou um tom moderado, com o Ministério das Relações Exteriores buscando um “diálogo construtivo” com as autoridades americanas e estudando “respostas proporcionais” caso a medida seja mantida.

A ausência de uma resposta imediata contribui para a calma nos mercados. Os investidores têm preferido manter posições neutras enquanto não houver uma escalada retórica ou uma reação mais enérgica por parte do Brasil. No entanto, esse cenário pode mudar caso os dados de exportação do terceiro trimestre indiquem uma queda significativa nas vendas para os Estados Unidos.

Economistas apontam que o principal impacto das Tarifas dos Estados Unidos será sobre o crescimento econômico e a inflação. A redução nas exportações pode afetar o PIB do segundo semestre. Além disso, com a diminuição da entrada de dólares comerciais, a pressão sobre o câmbio tende a aumentar, o que pode dificultar o alcance da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central.

As bolsas americanas iniciam o dia com uma perspectiva de alta, impulsionadas pelos bons resultados corporativos. No Brasil, os investidores permanecem atentos a novas informações sobre as tarifas e aos desdobramentos da turbulência política em Brasília, onde parlamentares da oposição tentam impedir a tramitação de projetos no Congresso.

Os dados da balança comercial de julho indicam que o valor esperado é de US$ 5,60 bilhões, em comparação com os US$ 5,89 bilhões do período anterior. Nos Estados Unidos, não há indicadores relevantes previstos para o dia.

As possíveis consequências das Tarifas dos Estados Unidos incluem a reavaliação de empresas com maior exposição ao mercado americano. A situação demanda atenção contínua para avaliar os impactos e ajustar estratégias conforme necessário.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.