Novas descobertas astronômicas revelam um fenômeno cósmico raro: **planetas se desintegrando**. Telescópios espaciais de última geração, como o James Webb e o TESS, capturaram imagens impressionantes de exoplanetas perdendo suas camadas exteriores no vasto espaço. Essa observação inédita não só fascina, mas também oferece aos cientistas uma oportunidade única de estudar a composição interna desses corpos celestes distantes.
Os telescópios espaciais James Webb e TESS detectaram dois exoplanetas nesse processo destrutivo. O K2-22b, um planeta rochoso similar a Netuno, está tão próximo de sua estrela que sua órbita dura apenas nove horas. Essa proximidade causa temperaturas altíssimas, vaporizando as rochas e criando uma cauda semelhante à de um cometa.
O BD+054868Ab, descoberto pelo TESS, é o exoplaneta em evaporação mais próximo da Terra. Ele também apresenta duas extensas caudas compostas por partículas de rochas derretidas. O estudo de planetas se desintegrando permite aos astrônomos analisar a composição de planetas fora do nosso Sistema Solar.
A análise do K2-22b revelou a presença de gases como dióxido de carbono e óxido nítrico. Esses gases, normalmente encontrados em planetas gelados, surpreenderam os cientistas devido à alta temperatura do exoplaneta. A hipótese é que o K2-22b se originou longe de sua estrela e foi atraído para perto devido a perturbações gravitacionais.
Já o BD+054868Ab perde material suficiente para formar uma lua a cada milhão de anos. Estima-se que ele deixará de existir em um ou dois milhões de anos. Embora pareça muito tempo, é um período curto na vida de um planeta.
O trabalho do James Webb pode estar ameaçado por cortes orçamentários, o que afetaria a capacidade da comunidade científica de realizar observações. A missão principal do telescópio, com duração de 10 anos, ainda não chegou à metade. Contudo, a observação dos planetas se desintegrando oferece novas perspectivas sobre a formação e evolução dos sistemas planetários.