Um Apagão na Europa deixou milhões sem energia em Espanha, Portugal e França. A causa provável, segundo a REN (Rede Elétrica Nacional) portuguesa, foi um raro fenômeno atmosférico. Variações extremas de temperatura na Espanha teriam gerado oscilações em linhas de alta tensão, provocando falhas na rede elétrica europeia. A normalização do sistema pode levar uma semana. Enquanto isso, as autoridades investigam as causas.
A REN, empresa de energia portuguesa, atribuiu o apagão a “oscilações anômalas” nas linhas de alta tensão (400 KV). A causa seria “variações extremas de temperatura” na Espanha, um fenômeno chamado “vibração atmosférica induzida”. Essas oscilações teriam criado falhas de sincronização nos sistemas elétricos da rede europeia. A previsão inicial da REN apontava para uma semana para a plena recuperação do sistema. Autoridades espanholas estimaram um prazo menor, entre 6 e 10 horas.
O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, afirmou que não há indícios de ataque cibernético. Apesar de considerada inicialmente, a hipótese foi descartada. Montenegro confirmou que a origem do apagão não foi em Portugal. Ele espera o retorno da energia “nas próximas horas”. O primeiro-ministro interrompeu uma reunião ministerial para buscar mais informações na REN.
O Apagão na Europa coincide com os desafios climáticos da Península Ibérica. A Espanha enfrenta secas severas e inundações. Os eventos climáticos extremos evidenciam a necessidade de medidas de adaptação, como sistemas de gestão hídrica e defesas contra inundações. A Catalunha vive uma seca há mais de três anos, pior que a de 2008, afetando 10 milhões de pessoas com restrições de água. O governo espanhol alocou € 2 bilhões para combater a emergência da seca.
O Apagão na Europa expõe a vulnerabilidade dos sistemas elétricos a eventos climáticos extremos. A situação ressalta a importância de investimentos em infraestrutura e tecnologias mais resilientes. A Península Ibérica, em particular, precisa se preparar para os impactos das mudanças climáticas. O episódio serve de alerta para toda a Europa sobre os desafios energéticos do futuro. A busca por fontes renováveis e sistemas de distribuição mais robustos se torna ainda mais urgente.
Via Exame