Uma intensa tempestade de areia na Arábia Saudita, Kuwait e Jordânia causou transtornos significativos no último final de semana. O evento meteorológico reduziu a visibilidade, impactando o tráfego aéreo e terrestre. Autoridades emitiram alertas para possíveis novas ocorrências.
A região de al-Qassim, na Arábia Saudita, foi uma das mais afetadas. Vídeos nas redes sociais mostram o céu com uma tonalidade alaranjada e prédios cobertos por poeira. No Kuwait, motoristas receberam alertas e atividades logísticas foram interrompidas. A Jordânia enfrentou não só a tempestade de areia, mas também chuvas e inundações, agravando a situação.
Este evento, embora pareça isolado, faz parte de uma tendência preocupante. Um estudo da revista Science of the Total Environment revela o aumento dos níveis de poeira no Oriente Médio nas últimas quatro décadas. Países como Arábia Saudita, Iraque, Iêmen, Irã e Egito são os mais afetados por essa crise ambiental.
As causas vão além das mudanças climáticas. Zahra Kalantari, pesquisadora do KTH Royal Institute of Technology, aponta para fatores humanos. Desmatamento, conflitos, má gestão hídrica e irrigação excessiva contribuem para o problema. A redução da umidade do solo facilita a erosão e a formação de poeira.
A área entre os rios Tigre e Eufrates, no Iraque e na fronteira com a Síria, é um dos pontos mais críticos. A região sofreu queda acentuada de chuvas, piorando a desertificação. As consequências dessa tempestade de areia na Arábia Saudita e demais países afetados vão além do meio ambiente.
A infraestrutura, a agricultura e o turismo são prejudicados. Populações vulneráveis sofrem o maior impacto. Ficar atento a futuras atualizações sobre a situação e as medidas tomadas para mitigar esses efeitos é fundamental. O problema da tempestade de areia na Arábia Saudita demonstra a complexa interação entre fatores humanos e ambientais na região.
Via Exame
