Tesouro Direto: Juros em queda no Brasil e aumento nos EUA

Descubra como os juros no Brasil caíram enquanto aumentam nos EUA após um payroll surpreendente.
03/07/2025 às 10:33 | Atualizado há 2 meses
Taxas do Tesouro Direto
Taxas dos títulos do Tesouro Direto caem na manhã desta quinta-feira. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Na manhã desta quinta-feira, as Taxas do Tesouro Direto apresentaram, em sua maioria, um movimento de queda em relação ao fechamento do dia anterior. Essa variação matinal, observada nas primeiras negociações, reflete um cenário de ajustes e expectativas no mercado financeiro. Os investidores e analistas acompanham de perto essas flutuações para tomarem decisões assertivas sobre seus investimentos.

Os títulos atrelados à inflação também exibiram mudanças em seus retornos. O Tesouro 2029 registrou uma taxa de IPCA +7,43%, uma leve diminuição em comparação com os 7,46% do último fechamento. Já o Tesouro 2040 se manteve estável em IPCA +6,88%. O Tesouro 2050, por sua vez, apresentou uma pequena alta, atingindo IPCA +6,75%, ante os 6,72% anteriores.

Nos títulos prefixados, também foi possível observar um recuo nas taxas de juros. O Tesouro Prefixado 2028 passou para 13,27%, abaixo dos 13,31% do fechamento anterior. O Tesouro Prefixado 2032 registrou 13,31%, uma queda em relação aos 13,36%. O Tesouro Prefixado 2035, com juros semestrais, apresentou uma taxa de 13,43%, inferior aos 13,47% anteriores.

Contrariando a tendência observada no Brasil, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) mostraram um movimento de alta nesta manhã. Os papéis de 10, 20 e 30 anos operam com retornos de 4,35%, 4,86% e 4,84%, respectivamente, superando os 4,29%, 4,84% e 4,83% registrados na véspera.

Esse aumento nos rendimentos dos Treasuries reflete as incertezas em relação à economia norte-americana. O payroll divulgado recentemente indicou a criação de 147 mil vagas de emprego em junho nos EUA, superando as expectativas de 110 mil e o número revisado de maio, que foi de 144 mil postos. Esse resultado reforça a resiliência da economia americana e reacende o debate sobre o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve.

Enquanto o Federal Reserve sinaliza cautela em relação à redução das taxas de juros, Donald Trump voltou a pressionar a instituição, reiterando seu pedido de renúncia do presidente Jerome Powell. Trump defende que Powell deveria deixar o cargo “imediatamente”. Powell, por sua vez, já afirmou que a autoridade monetária provavelmente já teria iniciado os cortes não fossem as mudanças recentes na política tarifária dos EUA.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.