Três Estados dos EUA Enviam Guarda Nacional a Washington, D.C.

Governadores republicanos enviam tropas à capital americana em meio a controvérsias sobre segurança e autonomia local.
17/08/2025 às 15:41 | Atualizado há 1 mês
Tropas para Washington
Governadores republicanos mobilizam tropas da Guarda Nacional para Washington, D.C. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Os governadores de três estados americanos decidiram enviar tropas da Guarda Nacional para Washington, D.C., a pedido do presidente Donald Trump. Essa medida surge em resposta a alegações de aumento da criminalidade na capital, contexto que já motivou ações semelhantes em outras cidades. Negociações entre autoridades locais e o governo federal foram fundamentais para essa mobilização.

Trump justifica o envio das tropas e sua intenção de controlar o departamento de polícia local com base em uma emergência de segurança. Entretanto, dados recentes do Departamento de Justiça indicam que os crimes violentos na capital estão em seu ponto mais baixo em três décadas. Essa discrepância levanta questionamentos sobre as verdadeiras razões por trás da intervenção federal na segurança pública.

Essa situação gera um debate sobre o equilíbrio entre segurança e autonomia local. A prefeita de Washington expressou sua oposição ao envio de soldados, privilegiando a ideia de que polícias locais devem cuidar da população. Com as tensões políticas crescendo, a mobilização das tropas pode alterar a dinâmica entre os governos federal e locais, especialmente em cidades governadas por democratas.
Os governadores de três estados republicanos nos EUA decidiram enviar centenas de soldados da Guarda Nacional para Washington, D.C., atendendo a um pedido do presidente Donald Trump, que descreveu a capital como dominada pela criminalidade. Essa ação ocorreu após negociações entre autoridades da cidade e o governo Trump, visando manter a chefe de polícia local, Pamela Smith, em seu cargo, após uma tentativa do procurador-geral de D.C. de impedir o controle federal via judicial.

Trump, alegando uma emergência de crimes e falta de moradia, justificou o envio das tropas para Washington e a intenção de assumir o controle do departamento de polícia local. No entanto, dados do Departamento de Justiça revelam que os crimes violentos em 2024 alcançaram o nível mais baixo em 30 anos na capital.

A Virgínia Ocidental, através do gabinete do governador Patrick Morrisey, comunicou o envio de 300 a 400 soldados, demonstrando “compromisso com a segurança pública e a cooperação regional”. A Carolina do Sul, sob o comando do governador Henry McMaster, enviou 200 soldados da Guarda Nacional a pedido do Pentágono. Ohio, por sua vez, enviará 150 membros de sua polícia militar, conforme anunciado pelo governador Mike DeWine.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, manifestou sua oposição no X, argumentando que “soldados e aviadores norte-americanos policiando cidadãos norte-americanos em solo norte-americano é #NãoAmericano”. A Guarda Nacional, atuando como uma milícia, geralmente responde aos governadores, exceto quando convocada para serviço federal, caso em que se reporta diretamente ao presidente em Washington, D.C.

Trump já expressou a possibilidade de adotar medidas similares em outras cidades governadas por democratas, buscando ampliar os poderes da Presidência. Em junho, ele determinou o envio de 700 fuzileiros navais e 4.000 soldados da Guarda Nacional para Los Angeles durante protestos contra ações de imigração, contrariando o governador da Califórnia.

O envio de tropas para Washington é uma resposta a alegações de aumento da criminalidade feitas pelo governo federal. Essas alegações contrastam com os dados do Departamento de Justiça, que mostram uma diminuição nos crimes violentos na capital. A decisão de mobilizar a Guarda Nacional levanta questões sobre a autonomia local e o papel do governo federal na segurança pública das cidades.

Essa movimentação de tropas para Washington ocorre em um contexto de tensões políticas entre o governo federal e as administrações locais, especialmente em cidades com governos democratas. As ações de Trump em relação a Washington, D.C., e Los Angeles, demonstram uma tendência de intervenção federal em questões de segurança pública, gerando debates sobre os limites do poder presidencial e a autonomia dos estados e municípios.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.