Uma ordem executiva de Donald Trump resultou na isenção da tarifa de 10% sobre a celulose importada pelos Estados Unidos. Essa medida beneficia diretamente as empresas brasileiras que exportam este produto, refletindo uma mudança nas taxas anteriormente impostas. A decisão foi publicada recentemente e representa um alívio significativo para o setor que enfrenta desafios nas vendas.
A isenção inclui três descrições tarifárias que abrangem cerca de 90% da celulose exportada do Brasil para os EUA. Essa mudança retorna ao status anterior à guerra comercial, onde as taxas eram mais favoráveis para o Brasil. Apesar desse avanço, tarifas adicionais permanecem para outros produtos, como papéis e MDF, afetando a indústria moveleira.
Enquanto as exportações de celulose para os EUA caíram significativamente em 2024, houve um aumento global nas vendas, especialmente para mercados como China e Alemanha. A isenção da tarifa apresenta uma oportunidade para reverter a queda nas exportações, mas o cenário econômico continua dinâmico e os efeitos da medida ainda precisam ser acompanhados de perto.
Uma ordem executiva assinada por Donald Trump resultou na isenção da tarifa de celulose importada pelos Estados Unidos, uma medida que beneficia diretamente as empresas brasileiras que exportam esse produto. Essa decisão consta em um documento publicado recentemente, que trata da modificação das taxas recíprocas impostas anteriormente.
A isenção da tarifa de celulose de 10% abrange três descrições tarifárias, representando 90% de toda a celulose exportada do Brasil para os Estados Unidos, de acordo com a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Essas descrições tarifárias já estavam isentas de uma taxa de 40% aplicada a outros itens, e agora retornam ao status de isenção, como era antes da política de guerra comercial.
No entanto, a ordem executiva mantém as tarifas adicionais sobre papéis em geral e painéis de madeira, como MDF e MDP, que são amplamente utilizados na indústria moveleira. Esses produtos continuam sujeitos a uma tarifa de 50% (40% mais um adicional de 10%).
Essa decisão ocorre em um período de queda no volume de vendas das exportações de celulose para os EUA, conforme dados do comércio exterior divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e também pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil).
Os dados revelam que, em agosto deste ano, o volume financeiro de exportação de celulose atingiu US$ 94,6 milhões, representando uma queda de 22,7% em relação aos US$ 122,4 milhões de agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, a queda nas exportações de celulose para os EUA chegou a 15,7%, passando de US$ 1,1 bilhão para US$ 933,4 milhões, segundo o Monitor do Comércio entre o Brasil e os Estados Unidos da Amcham.
Apesar da redução nas exportações para os EUA, as vendas de celulose aumentaram globalmente, com destaque para China (+17,5%), Coreia do Sul (+18,1%) e Alemanha (+8,4%). Essa queda nas exportações de celulose para os EUA coincide com os dados gerais da balança comercial de agosto, que indicaram uma queda de 18,5% em todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, enquanto houve um aumento no envio de produtos brasileiros para países como China e Hong Kong.
Com essa medida que isenta a tarifa de celulose, espera-se um impacto positivo para as empresas brasileiras do setor, com a possibilidade de recuperação das exportações para o mercado americano, embora o cenário comercial global continue dinâmico e sujeito a variações.
Via Forbes Brasil