Trump celebra acordos em Israel, mas futuro em Gaza ainda é incerto

Análise sobre a visita de Trump a Israel e os desafios futuros em Gaza.
13/10/2025 às 18:44 | Atualizado há 2 meses
               
Acordo de cessar-fogo
Trump omite planos para reconstruir Gaza e o futuro do povo palestino. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Donald Trump recebeu aplausos em Israel após a libertação de reféns pelo Hamas. A visita destacou a contrastante recepção de Netanyahu, que enfrentou vaias. Durante a ocasião, Trump promoveu um cessar-fogo e almejou um novo panorama para a região.

No discurso no Knesset, ele expressou esperanças de paz duradoura e foi elogiado pelo apoio popular. No entanto, a proposta de diálogo com o Irã não encontrou eco entre os israelenses, que mostraram maior entusiasmo pelos avanços militares contra as ameaças nucleares.

Apesar do otimismo, Trump evitou discutir questões sobre Gaza em detalhes. Enquanto ele alegava que “a guerra acabou”, Netanyahu ressaltou a necessidade de desarmar o Hamas e proteger os reféns. As complexidades da região indicam que um acordo de paz duradouro ainda é um grande desafio.
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Donald Trump celebrou um momento de grande aclamação em Israel, logo após a libertação de reféns pelo Hamas. A recepção calorosa contrastou com as vaias enfrentadas por Benjamin Netanyahu, com muitos israelenses creditando a Trump o acordo de cessar-fogo e a reunificação familiar após anos de conflito. A visita de Trump foi marcada por discursos ambiciosos e ofertas de paz surpreendentes ao Irã.

Trump, ao discursar no Knesset, expressou a esperança de que este cessar-fogo marque “o fim da era do terror e da morte”, vislumbrando “o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”. O apoio popular foi evidente, com manifestações massivas e demonstrações de apreço que incluíram menções a possíveis indicações de Trump para o Prêmio Nobel da Paz.

Em um gesto inesperado, Trump estendeu a mão ao Irã, propondo negociações para superar décadas de hostilidade. A oferta, no entanto, não gerou grande entusiasmo entre os parlamentares israelenses, que aplaudiram com mais fervor ao ouvir detalhes sobre as ações militares de Israel contra instalações nucleares iranianas.

Apesar do clima otimista, persistiram divergências sobre o futuro da Faixa de Gaza. Enquanto Trump declarava que “a guerra acabou”, Netanyahu adotou uma postura mais cautelosa, enfatizando a importância do desarmamento do Hamas e a libertação de todos os reféns.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, adicionou uma nota sombria, ao declarar que o Hamas libertou apenas restos mortais de alguns reféns, alertando para graves consequências em caso de novas violações do acordo de cessar-fogo.

Trump minimizou os desafios futuros e elogiou a resiliência de Netanyahu, descrevendo-o como “o cara mais difícil de lidar, mas é isso que o torna ótimo”. O presidente também mencionou os esforços de seu enviado especial, Steve Witkoff, nas negociações com o presidente russo, Vladimir Putin.

O futuro da Faixa de Gaza e a reconstrução da região foram temas pouco abordados publicamente por Trump. A implementação de seu plano de 20 pontos permanece incerta, dependendo do apoio financeiro e da participação de países árabes e europeus na força de estabilização.

O discurso de Trump revelou sua visão de política externa, com ênfase na força militar e no poder econômico como fatores determinantes nas decisões dos países. Ele reconheceu a importância da cooperação entre as nações árabes e muçulmanas na pressão sobre o Hamas, mas não detalhou como pretende fortalecer essa aliança.

Protestos esparsos marcaram a visita de Trump, com parlamentares sendo detidos por defenderem o reconhecimento da Palestina. Ayman Odeh, um dos parlamentares detidos, reafirmou a necessidade de reconhecer os direitos de ambos os povos na região.

As declarações de Trump durante sua visita a Israel trouxeram otimismo em relação a um possível acordo de cessar-fogo. No entanto, as complexidades regionais e as divergências sobre o futuro de Gaza indicam que a paz duradoura ainda é um desafio a ser superado.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.