Em um cenário que mistura política e desinformação, o ex-presidente Donald Trump compartilhou um vídeo falso de Trump no qual o ex-presidente Barack Obama é mostrado sendo preso no Salão Oval. A publicação ocorreu em meio a acusações da administração Trump sobre supostas tentativas de Obama de prejudicar sua campanha em 2016. O episódio também surge em um momento em que Trump busca desviar a atenção pública dos arquivos relacionados a Jeffrey Epstein.
O vídeo, que aparenta ter sido criado com o uso de inteligência artificial, foi inicialmente divulgado no TikTok e, posteriormente, republicado na conta de Trump na plataforma Truth Social. A divulgação ocorreu poucos dias após a emissão de um relatório do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, que tentava colocar em dúvida as conclusões de oito anos atrás sobre a suposta interferência russa nas eleições vencidas por Trump.
As imagens manipuladas simulam uma reunião de novembro de 2016 no Salão Oval, onde agentes do FBI prendem Obama enquanto Trump observa. O vídeo ainda mostra Obama vestindo um macacão laranja em uma cela, ao som da música “Y.M.C.A.”. Líderes democratas, incluindo Obama e Joe Biden, aparecem em uma montagem no início do vídeo, declarando que “ninguém está acima da lei.”
Tulsi Gabbard, diretora de inteligência nacional, alega que o relatório de seus escritórios revela uma “conspiração traiçoeira” de altos funcionários da administração Obama para prejudicar Trump em 2016. Gabbard também declarou que pretende apresentar uma denúncia criminal ao FBI com base em documentos que foram recentemente divulgados.
A ação de Trump ocorre após o Departamento de Justiça não cumprir a promessa de liberar a totalidade dos arquivos sobre Jeffrey Epstein. A decisão gerou descontentamento entre seus apoiadores e levanta questionamentos sobre suas decisões, o que pode gerar conflitos dentro do movimento MAGA.
Os democratas criticaram as ações da administração Trump, classificando-as como tentativas de desacreditar Obama por motivações políticas, repletas de erros e em contradição com análises anteriores. Eles ressaltam que o relatório recente não comprovou a manipulação russa das eleições e reforçou a conclusão de que não há evidências de que a Rússia tenha alterado votos por meio de ataques cibernéticos a sistemas de votação.
Via InfoMoney
