O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, convocou publicamente a demissão do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, alegando um conflito de interesse. Em uma postagem na plataforma Truth Social, Trump questionou os investimentos de Tan em empresas chinesas, destacando sua preocupação com possíveis vínculos perigosos.
Após a declaração de Trump, as ações da Intel enfrentaram uma queda significativa de quase 5% no pré-mercado. A situação gera incertezas sobre o futuro da empresa, especialmente em setores estratégicos como inteligência artificial, em um momento em que a Intel busca recuperar espaço no mercado.
A Intel não se manifestou oficialmente sobre o caso, enquanto a pressão política aumenta. As declarações de Trump e a visibilidade dos investimentos de Tan ressaltam as complexidades envolvendo investimentos estrangeiros em empresas tecnológicas americanas e sua influência nas decisões de liderança.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou publicamente sua insatisfação com o atual CEO da Intel, Lip-Bu Tan, exigindo sua demissão imediata. A declaração foi feita através da plataforma Truth Social, onde Trump alegou que Tan possui “um grande conflito de interesses” devido a investimentos realizados em empresas chinesas.
Após a manifestação de Trump, as ações da Intel registraram uma queda de quase 5% nas negociações do pré-mercado. O pronunciamento do ex-presidente surge em meio a crescentes preocupações sobre os laços de Tan com empresas da China e o futuro da Intel, especialmente em relação à sua posição no mercado de inteligência artificial (IA).
A Intel ainda não se manifestou sobre as declarações de Trump. A pressão sobre o CEO da Intel aumentou após a divulgação de uma carta do senador republicano Tom Cotton ao conselho da Intel, questionando os vínculos de Tan com empresas chinesas e um processo criminal envolvendo sua antiga empresa, a Cadence Design.
Em abril, a Reuters reportou que Tan investiu, pessoalmente ou através de fundos de risco, em centenas de empresas chinesas, algumas com ligações com as forças armadas da China. Esses investimentos somam pelo menos US$ 200 milhões entre março de 2012 e dezembro de 2024.
A Intel busca uma nova estratégia para recuperar espaço no mercado, estando atrás da taiwanesa TSMC. A empresa também enfrenta dificuldades no mercado de chips de inteligência artificial, dominado pela Nvidia. Tan, que assumiu o cargo em março, estabeleceu a meta de reduzir a força de trabalho da Intel para 75 mil funcionários até o final do ano, representando uma redução de aproximadamente 22%. A empresa também prometeu uma abordagem mais rigorosa nos investimentos em manufatura.
A situação do CEO da Intel levanta questões sobre a influência de investimentos estrangeiros na liderança de empresas de tecnologia americanas. A reação do mercado financeiro demonstra a sensibilidade dos investidores às possíveis implicações dessas conexões.
Enquanto a Intel não se pronuncia, o futuro de Tan na liderança da empresa permanece incerto. A pressão política e as preocupações com a estratégia da empresa no mercado de chips de IA adicionam complexidade ao cenário.
Via g1