As articulações políticas no Espírito Santo estão a todo vapor, mesmo em tempos de Semana Santa. O foco? As Eleições em Espírito Santo que se aproximam, com os principais atores já se movimentando para garantir seu espaço no cenário de 2026.
O governador Renato Casagrande (PSB) demonstra firmeza em apoiar seu vice, Ricardo Ferraço (MDB), como sucessor. Uma recente pesquisa de intenção de votos revela trunfos que podem favorecer a continuidade do grupo no poder no Palácio Anchieta.
Lorenzo Pazolini (Republicanos), prefeito de Vitória, lidera as pesquisas, mantendo uma trajetória consistente. Em um cenário sem a presença de Paulo Hartung (a caminho do PSD), os candidatos alinhados ao Palácio Anchieta – Sergio Vidigal (PDT), Arnaldinho Borgo (sem partido), Ricardo Ferraço e Euclério Sampaio (MDB) – poderiam unir forças em torno de um nome.
Um dado interessante é que 42,5% dos entrevistados afirmaram que votariam em um candidato indicado por Casagrande, enquanto 41,5% considerariam a indicação, dependendo do nome. A escolha do candidato, portanto, será crucial.
Casagrande enfrenta um desafio semelhante ao de Vidigal, que conseguiu eleger Weverson Meireles (PDT) na Serra. Será necessário construir confiança e unir forças para manter o projeto político em curso. A máquina administrativa estadual é um ponto positivo para o grupo.
Paulo Hartung continua sendo uma figura influente nas pesquisas, assombrando os diversos grupos políticos. O Republicanos, em reunião em São Paulo, definiu como prioridade as eleições de 2026 em São Paulo e no Espírito Santo, com Pazolini como principal nome, a menos que haja uma composição com Hartung.
Arnaldinho Borgo deixou o Podemos, buscando um projeto individual. Seu aliado, o deputado federal Dr. Victor Linhalis, permanece no partido por questões legais. Ambos parecem distantes do Podemos, que apoia Ricardo Ferraço. Borgo e Linhalis já se reuniram com o Republicanos de Erick Musso.
Enquanto isso, Marcelo Santos (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa, articula apoio a Ricardo Ferraço, defendendo-o como o nome ideal para o governo. Há quem acredite, no entanto, que Ferraço não conseguirá crescer muito nas pesquisas, o que abre espaço para outras alternativas, como Arnaldinho Borgo.
Nos bastidores, a disputa pela bênção de Casagrande gera tensões e boatos. A coesão do grupo é essencial para enfrentar a oposição, que se organiza em torno de Pazolini. O governador lembra das dificuldades da campanha de 2022 contra Carlos Manato (PL), e a polarização pode ser um fator novamente em 2026.
Arnaldinho Borgo aposta em um trabalho silencioso, dialogando com lideranças em todo o estado. Ele precisa se firmar, encontrar um partido que lhe dê condições de disputar o Palácio Anchieta e convencer Casagrande e Ferraço de que é o melhor nome para o grupo.
Apesar das conversas com Republicanos e Progressistas, tudo indica que Arnaldinho poderá ser um nome de composição, e não um candidato direto. As Eleições em Espírito Santo prometem ser cheias de reviravoltas.
[Image of José Esmeraldo at the Legislative Assembly]
Na foto da semana, o deputado estadual José Esmeraldo (PDT) foi flagrado em um momento de descontração durante uma sessão da Assembleia Legislativa.
Para mais informações e análises sobre as Eleições em Espírito Santo, entre em contato pelo e-mail poder@eshoje.com.br.
As movimentações políticas no Espírito Santo são intensas e complexas, com diversos atores buscando consolidar suas posições para as eleições de 2026. As próximas pesquisas e articulações serão determinantes para definir o cenário eleitoral.