Unesp desenvolve modelo para monitorar lixo espacial em órbita da Terra

Modelo da Unesp monitora lixo espacial e ajuda a evitar colisões na órbita terrestre baixa.
13/12/2025 às 18:43 | Atualizado há 8 horas
               
Oito décadas no espaço criaram um anel de detritos ao redor da Terra. (Imagem/Reprodução: Super)

Pesquisadores da Unesp criaram um modelo para acompanhar o lixo espacial em órbita da Terra, que hoje tem cerca de 500 mil pedaços maiores que 1 cm. Esses detritos representam riscos para satélites e missões espaciais, já que colisões podem gerar ainda mais fragmentos.

O estudo focou na órbita terrestre baixa, entre 563 km e 599 km de altitude, analisando as mudanças na trajetória dos detritos causadas pela ressonância orbital. O modelo ajudará a planejar rotas seguras para missões futuras e reforça a necessidade de ações para limpeza do espaço.

O Brasil avança também na criação de uma rede de telescópios para monitorar resíduos espaciais. Agências internacionais preparam missões para retirar esses detritos do espaço, com lançamento previsto para 2026.

Pesquisadores da Unesp criaram um modelo para monitorar o lixo espacial em órbita da Terra, área cada vez mais congestionada devido a décadas de lançamentos desde 1957. Atualmente, cerca de 500 mil fragmentos maiores que 1 cm orbitam o planeta, enquanto o número total ultrapassa 100 milhões ao se contabilizar objetos menores que 1 mm.

Esse cenário apresenta riscos significativos para satélites e missões espaciais, já que colisões podem gerar ainda mais detritos, caracterizando a chamada síndrome de Kessler. Um exemplo recente de lixo espacial que retornou à superfície terrestre foi um pedaço de foguete da SpaceX que caiu próximo a uma residência no Paraná.

O estudo da Unesp focou na faixa da órbita terrestre baixa, onde a presença de lixo é mais concentrada. Os pesquisadores investigaram o fenômeno da ressonância orbital, que pode causar pequenas alterações na trajetória dos detritos ao redor de 563 km a 599 km de altitude. Mesmo uma mudança de 50 metros na órbita já eleva a possibilidade de colisões.

Com base em dados do banco CelesTrak, o grupo simulou o comportamento orbital de detritos por 33 anos, destacando regiões e situações que exigem maior atenção. O modelo é importante para planejamento de rotas seguras em futuras missões e reforça a necessidade de ações para a limpeza espacial.

O Brasil também avança em monitoramento ao estruturar uma rede de telescópios para acompanhar o lixo espacial. Enquanto isso, agências internacionais, como a European Space Agency em parceria com a startup ClearSpace, preparam missões para retirar resíduos do espaço, com lançamento previsto para 2026.

Via Super

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