Uso de Inteligência Artificial na Descoberta de Medicamentos Avança

Descubra como a IA está transformando a indústria farmacêutica na descoberta de novos medicamentos.
02/09/2025 às 15:22 | Atualizado há 2 dias
Descoberta de medicamentos por IA
EUA promovem redução de testes em animais para métodos mais éticos e eficazes. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A descoberta de medicamentos com o auxílio da inteligência artificial (IA) está ganhando força na indústria farmacêutica. Essa tecnologia tem sido adotada por diversas empresas para acelerar os testes de segurança e a criação de novos fármacos. Essa mudança é impulsionada por uma tendência de regulação, como a proposta pela FDA, visando reduzir a dependência de testes em animais.

O uso da IA pode acelerar significantemente o desenvolvimento de medicamentos. Especialistas projetam uma redução de custos em até 50%, além de diminuir consideravelmente o tempo necessário para levar uma nova molécula aos testes clínicos. Companhias como a Recursion Pharmaceuticals já conseguem resultados impressionantes, com novas drogas sendo testadas em menos de um ano e meio.

Entretanto, especialistas alertam que os testes em animais não devem desaparecer completamente. A FDA ainda exige esses estudos para avaliar os efeitos de alguns compostos, o que pode levar tempo e gerar custos altos. Apesar dos avanços, a abordagem híbrida entre métodos tradicionais e novos modelos baseados em IA parece ser o caminho futuro na pesquisa farmacêutica.
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A descoberta de medicamentos por IA está se tornando uma realidade cada vez mais presente na indústria farmacêutica. Empresas do setor estão adotando essa tecnologia para otimizar os testes de segurança e a descoberta de novos fármacos, buscando resultados mais rápidos e econômicos. Essa mudança acompanha uma tendência regulatória, liderada pela FDA nos EUA, que visa reduzir a dependência de testes em animais.

Especialistas da área preveem que, nos próximos anos, a integração da IA com a redução dos testes em animais poderá acelerar os processos de desenvolvimento de medicamentos e diminuir os custos em até 50%. Empresas como Certara, Schrodinger e Recursion Pharmaceuticals já utilizam a IA para prever como os medicamentos experimentais serão absorvidos, distribuídos e quais efeitos colaterais podem surgir.

Patrick Smith, da Certara, que colabora com empresas no desenvolvimento de medicamentos para doenças infecciosas, como anticorpos monoclonais para hepatite B, afirma que os avanços tecnológicos estão eliminando a necessidade de testes em animais. A Recursion Pharmaceuticals relata que sua plataforma de descoberta de medicamentos por IA conseguiu levar uma molécula para testes clínicos como candidata a medicamento contra o câncer em apenas 18 meses, um tempo significativamente menor que a média de 42 meses do setor.

Analistas da TD Cowen e Jefferies estimam que a abordagem baseada em IA pode reduzir os custos e acelerar os prazos em mais da metade, comparado com os atuais 15 anos e US$2 bilhões necessários para lançar um medicamento no mercado. A FDA também compartilha dessa visão, planejando que, em um futuro próximo, tecnologias orientadas por IA, modelos de células humanas e modelos computacionais se tornem o padrão, com estudos em animais sendo a exceção.

A expectativa é que essas novas abordagens resultem em preços mais acessíveis para os medicamentos. No entanto, especialistas ressaltam que é improvável que os testes em animais sejam completamente substituídos. Atualmente, a FDA exige estudos em animais para testar os efeitos nocivos de anticorpos monoclonais, o que pode levar de um a seis meses e envolver cerca de 144 primatas não humanos, com um custo de US$50.000 por animal.

Empresas como a Charles River estão investindo em IA e em metodologias de nova abordagem (NAMs), que utilizam IA, modelagem computacional e aprendizado de máquina, além de modelos baseados em humanos, como órgãos em chips, para simular o funcionamento dos medicamentos no corpo humano. A InSphero também está testando a segurança e eficácia de medicamentos em modelos de fígado em 3D, enquanto a Schrodinger utiliza simulações baseadas em física com IA para prever a toxicologia de medicamentos.

Brendan Smith, analista da TD Cowen, acredita que, em um futuro próximo, as empresas adotarão uma abordagem híbrida, combinando a redução de testes em animais com dados obtidos por meio desses novos métodos. A descoberta de medicamentos por IA representa um avanço promissor, mas a substituição total dos testes em animais ainda não é iminente.

Via Forbes Brasil
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.