Varejistas de roupas e acessórios nos Estados Unidos estão adotando medidas drásticas, como adiar pedidos e suspender novas contratações. Essa reação ocorre em resposta ao iminente aumento das tarifas de roupas dos EUA sobre produtos importados da China e do Vietnã, com impacto direto nas estratégias de negócios. Empresas como Nike e Lululemon se encontram em uma encruzilhada complexa, buscando equilibrar custos e preços para evitar uma queda nas vendas.
Fabricantes menores enfrentam desafios ainda maiores devido à sua dependência das cadeias de suprimentos no Vietnã e na China. Ian Rosenberger, CEO da Day Owl, expressou preocupação com a possível inviabilidade do negócio em um curto período, caso não haja um acordo para reduzir as tarifas vietnamitas. Essa situação evidencia o impacto das tarifas de roupas dos EUA sobre a economia.
O aumento das tarifas de roupas dos EUA pode forçar a Day Owl a aumentar o preço de suas mochilas de US$ 155 para US$ 212. A Footwear Distributors and Retailers of America estima que um tênis de corrida de US$ 155 fabricado no Vietnã precisaria ser vendido por US$ 220 para compensar a tarifa de 46%. A estratégia para lidar com essas mudanças tarifárias é crucial para manter a competitividade.
O Vietnã se consolidou como um importante centro de produção de vestuário e calçados, sendo o segundo maior fornecedor para os EUA, atrás apenas da China. O país solicitou uma prorrogação de 45 dias na aplicação das tarifas e se dispôs a aumentar a compra de produtos americanos, buscando um acordo que evite a imposição das taxas. O cenário de negociações é dinâmico e determinante para as empresas do setor.
Desde o anúncio das tarifas de roupas dos EUA, as ações de empresas como Nike, Adidas e Puma registraram quedas significativas. Grandes empresas possuem maior capacidade de negociação com fornecedores para mitigar os impactos financeiros, enquanto as empresas menores enfrentam maiores dificuldades para absorver os custos adicionais. A diversificação da cadeia de suprimentos surge como uma alternativa estratégica para enfrentar as tarifas.
Empresas como a Oiselle, marca de corrida feminina, estão elaborando planos de contingência para lidar com as tarifas, adiando pedidos e buscando alternativas. A Wild Rye, marca de agasalhos, também congelou contratações e aumentos salariais, buscando evitar um aumento nos preços de seus produtos. A busca por soluções criativas é fundamental para minimizar os impactos negativos das tarifas de roupas dos EUA.
Apesar dos desafios, algumas empresas já tentaram produzir no mercado interno, mas enfrentaram problemas com a qualidade dos produtos. A busca por alternativas de produção e a negociação com fornecedores são as principais estratégias para enfrentar as tarifas de roupas dos EUA e garantir a sustentabilidade dos negócios. As empresas do setor seguem atentas às próximas decisões governamentais e aos desdobramentos do cenário econômico.
Via InfoMoney