Venda de ações: CEOs como Dimon e Zuckerberg movimentam R$ 5,8 bi antes da queda do mercado

Venda de ações por CEOs como Dimon e Zuckerberg totalizam R$ 5,8 bi! O que motiva essa movimentação e qual o impacto no mercado? Saiba mais!
11/03/2025 às 13:34 | Atualizado há 4 meses
Venda de ações
Vendas programadas garantem transparência e evitam acusação de insider trading. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Em um cenário de crescentes preocupações com uma possível recessão e os impactos das tarifas comerciais, líderes dos setores bancário e de tecnologia estão se desfazendo de suas participações acionárias. Segundo dados da The Washington Service, executivos como Jamie Dimon (JPMorgan Chase), Mark Zuckerberg (Meta) e Nikesh Arora (Palo Alto Networks) realizaram a venda de ações totalizando US$ 834 milhões (R$ 5,8 bilhões).

A movimentação desses executivos chama a atenção para o uso de planos de negociação 10b5-1, um mecanismo que permite a programação prévia de venda de ações, evitando acusações de uso de informações privilegiadas. Jamie Dimon liderou as vendas, liquidando 866.361 ações, avaliadas em US$ 233,7 milhões. Essa ação fazia parte de um plano já estabelecido para alienar 1 milhão de ações até 2025.

Mark Zuckerberg também seguiu a tendência, vendendo 431.858 ações da Meta entre 3 e 21 de fevereiro, arrecadando US$ 307,2 milhões. Já Nikesh Arora, da Palo Alto Networks, vendeu US$ 143,8 milhões em ações em fevereiro, seguidos por mais US$ 1,6 milhão em março, totalizando quase US$ 290 milhões em venda de ações em dois meses.

As vendas ocorrem em um momento em que o mercado acionário demonstra instabilidade. Após declarações de Donald Trump, que se recusou a descartar uma recessão ainda este ano, o mercado afundou. O Nasdaq registrou uma queda de 4%, o pior dia desde 2022.

Apesar de todas essas vendas serem realizadas por meio de planos de negociação 10b5-1, muitos investidores se questionam o motivo de tantos CEOs estarem vendendo suas ações, e se isso pode ser um mal presságio para o futuro da economia.

A recente movimentação de líderes como Jamie Dimon e Mark Zuckerberg ao realizarem a venda de ações levanta questões sobre as expectativas em relação ao futuro do mercado. Em um ambiente de incertezas econômicas e tensões comerciais, essas decisões estratégicas podem influenciar o comportamento de outros investidores e refletir nas dinâmicas do mercado global.

Via InfoMoney