As Vendas da LVMH, gigante do mercado de luxo, apresentaram uma queda no primeiro semestre de 2025, surpreendendo ao superar as expectativas pessimistas do mercado. Liderado pelo bilionário Bernard Arnault, o conglomerado anunciou a expansão com uma segunda fábrica no Texas, apesar das preocupações com as tarifas de importação impostas pelo governo americano.
Apesar do cenário de desaceleração, a receita da LVMH no segundo trimestre atingiu US$ 22,95 bilhões, um resultado que ficou dentro do esperado pelos analistas. A queda na receita foi de apenas 3%, um número bem melhor do que a retração de 7,02% que havia sido prevista inicialmente, demonstrando a resiliência do grupo.
A divisão de vinhos e destilados da LVMH está passando por um processo de reestruturação. A diretora financeira da empresa, Cécile Cabanis, indicou que não se espera um crescimento significativo para esse segmento até o segundo semestre de 2026. A queda de 7% na receita das divisões de vinhos, destilados, moda e artigos de couro foi impactada pela inflação.
A Moët Hennessy tem sido a divisão mais afetada, registrando queda de 36% no lucro operacional em 2024 e de 9% na receita em 2025. Alexandre Arnault, filho de Bernard Arnault, assumiu o comando da divisão em fevereiro, buscando atrair um público mais jovem.
Nos bastidores, a Loro Piana, conhecida pela tendência do “luxo silencioso”, enfrentou uma polêmica. A empresa foi colocada sob administração judicial na Itália devido a denúncias de exploração de trabalhadores. A LVMH, que adquiriu 80% da Loro Piana em 2013, encerrou a relação com o fornecedor envolvido.
Bernard Arnault e sua família possuem um patrimônio estimado em US$ 146 bilhões, fazendo dele o homem mais rico da Europa e o oitavo mais rico do mundo. Apesar da desaceleração enfrentada pelo setor de luxo em 2024, a LVMH manteve sua liderança no mercado global, com quase um quarto da participação de mercado.
Via Forbes Brasil