O mercado brasileiro de joias artesanais personalizadas está crescendo. Dados da Mordor Intelligence mostram que o setor movimentou US$ 3,59 bilhões em 2024. A projeção é de US$ 5,34 bilhões até 2029, com crescimento médio anual de 8,31%. Nesse contexto, o Maciel Ateliê se destaca. Fundado por Bárbara Maciel durante a pandemia, ele se tornou referência em joias artesanais.
Bárbara, formada em Design de Interiores com experiência em Arquitetura, transformou sua paixão pela arte em negócio. Ela cria joias personalizadas, cheias de simbolismo e feitas sob medida. Sua habilidade manual vem desde a infância. Ela criava seus próprios brinquedos, como bonecas e pipas. Esse olhar artesanal se reflete em suas joias, cada uma contando uma história única.
O Maciel Ateliê resgata o valor das joias como herança familiar. Cada peça busca materializar emoções e momentos importantes. Preservando o trabalho artesanal, desde a fundição até o acabamento, o ateliê oferece atendimento inclusivo. Ele foca especialmente no público LGBTQIAP+, buscando quebrar padrões tradicionais de joalherias.
Bárbara conta que se sentia incomodada com a divisão de alianças em “masculino” e “feminino”. Ela queria oferecer opções personalizadas e atendimento sem julgamentos. Em 2024, o ateliê faturou R$ 815 mil, atendendo mais de mil clientes. A meta para 2025 é de R$ 1 milhão e 1.500 clientes. Para isso, investe em marketing, tráfego pago e planeja abrir uma loja física em Campinas (SP).
Antes do ateliê, Bárbara trabalhava com design de interiores. Durante a faculdade, descobriu a joalheria artesanal por vídeos no YouTube. Começou a estudar sozinha e depois com Ricardo Prezotto, que se tornou seu professor. Para financiar os estudos, vendia suas primeiras criações. Em 15 dias, Bárbara arrecadou metade do seu salário da época, o que a motivou a mudar de carreira.
Com a pandemia, Bárbara vendeu seu carro por R$ 5 mil e transformou a garagem em ateliê. A Covid-19 trouxe desafios, mas também a oportunidade de vender online. Seu Instagram se tornou sua principal vitrine. Bárbara construiu laços com os clientes, criando um espaço de conversa e parceria. A qualidade e o respeito ao cliente são seus pilares. Há fila de espera de até três meses, sem privilégios para quem oferece mais.
Ela recusou até uma proposta de multinacional para presentear atletas olímpicos. Para Bárbara, construir o negócio exigiu resiliência. Sem apoio familiar, aprendeu sozinha sobre CNPJ, fornecedores e embalagens. Empreender, para ela, é sinônimo de coragem e liberdade. Seus conselhos para aspirantes a empreendedoras são: profissionalização, aprendizado constante e dedicação.
O Maciel Ateliê mostra como a paixão pelo artesanato pode se transformar em um negócio de sucesso. A combinação de talento, atendimento inclusivo e foco na experiência do cliente impulsiona seu crescimento no promissor mercado de joias personalizadas. Bárbara, com sua trajetória inspiradora, encoraja outras mulheres a buscarem seus sonhos.
Via Exame