Suzano busca expandir o uso de celulose para papel e outras aplicações sustentáveis

Suzano busca novas aplicações para a celulose além do papel, explorando inovações sustentáveis e versáteis.
09/04/2025 às 07:02 | Atualizado há 2 meses
Uso de celulose para papel
Empresa investe na Simplifyber e capta US$ 12 milhões em nova rodada de financiamento. (Imagem/Reprodução: Forbes)

A **Suzano**, gigante brasileira do setor de celulose, está expandindo seus horizontes com um investimento estratégico na startup americana Simplifyber. A iniciativa visa impulsionar o uso de celulose para papel e além, explorando novas aplicações para essa matéria-prima renovável. O aporte financeiro na rodada Série A da Simplifyber, que totalizou US$ 12 milhões, marca um passo importante na jornada de inovação da Suzano.

A Simplifyber, fundada em 2020 e sediada na Carolina do Norte, desenvolveu uma tecnologia inovadora para moldar celulose líquida, transformando-a em produtos têxteis e componentes industriais. Essa tecnologia busca oferecer alta performance com foco em sustentabilidade, alinhando-se com a crescente demanda por alternativas ecológicas aos materiais tradicionais.

O investimento da Suzano, que liderou a rodada, não é apenas financeiro. A parceria estratégica busca expandir o uso de celulose para papel e embalagens, explorando o potencial da fibra de eucalipto em novos mercados. Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, destaca que a Simplifyber se encaixa na tese de investimento da empresa, substituindo matérias-primas fósseis por alternativas sustentáveis.

A plataforma de fabricação da Simplifyber transforma celulose moldada em produtos como calçados, vestuário e componentes automotivos, reduzindo ou eliminando o uso de plástico. Maria Intscher-Owrang, CEO da startup, enfatiza que a celulose é um material natural, abundante e escalável, ideal para substituir o plástico em diversas aplicações. Atualmente, a empresa está focada em ampliar sua capacidade de produção, com planos de fornecer produtos para grandes marcas em 2025.

O modelo de negócio da Simplifyber é ser fornecedora de tecnologia, licenciando seus equipamentos e vendendo o slurry como insumo. Essa estratégia visa facilitar a adoção da celulose em larga escala, reduzindo as barreiras de entrada para parceiros industriais. A Suzano acompanha de perto o desenvolvimento da tecnologia e o plano de negócios da startup, com um executivo no conselho e acompanhamento técnico contínuo.

A localização da produção no Brasil está nos planos futuros da Simplifyber, aproveitando a origem da matéria-prima e o potencial do país para se tornar um polo industrial de materiais sustentáveis. A fibra de eucalipto produzida no Brasil, com manejo sustentável e certificação internacional, é um diferencial importante para a startup.

Paula Puzzi, gerente da Suzano Ventures, destaca que a empresa já investiu em sete startups com diferentes focos, buscando criar conexões e sinergias entre elas. A rastreabilidade e o manejo sustentável das florestas são parte da história que a Suzano quer levar ao consumidor final. A empresa busca tecnologias ambientalmente responsáveis, escaláveis e financeiramente viáveis, como a da Simplifyber, para promover o uso de celulose para papel e outros produtos.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.