Rodrigo Perri, um dos CEOs da Vivenda do Camarão, afirmou que o foco atual é restaurar a rentabilidade da empresa aos patamares anteriores à pandemia. Com várias décadas de experiência em serviços alimentares e um faturamento anual superior a 300 milhões de reais, a rede tem adotado novas abordagens para diversificar suas operações. A dependência exclusiva das lojas em shopping centers foi repensada, levando a uma estratégia de expansão que inclui novos canais de venda e um cardápio mais diversificado, incluindo opções para delivery que vão além do tradicional camarão.
No cenário atual, o mercado de alimentação fora do lar enfrenta desafios múltiplos, como aumento de custos e uma expectativa de clientes cada vez mais exigentes. Para se adaptar, a Vivenda do Camarão incorporou pratos como massas e strogonoff, focando em arranjos de delivery, além de um aumento no varejo de produtos congelados oferecidos em supermercados. Rodrigo comentou que a nova gestão visa uma drástica ampliação do setor varejista e um crescimento nas operações de food service, com a meta de alcançar 15% do faturamento total em novas frentes até o fim de 2025.
A tradição da Vivenda do Camarão começou em 1984 no bairro de Moema, em São Paulo. Com um conceito de qualidade acessível, o restaurante rapidamente se tornou popular ao oferecer camarão de exportação a preços justos. A marca se expandiu por meio de um modelo compacto de operação, especialmente para praças de alimentação, desenvolvendo uma forte presença em várias regiões do Brasil, com 144 unidades, sendo a maioria delas de propriedade direta.
Apesar dos desafios enfrentados, a empresa se manteve estruturada, com uma fábrica em Cotia que garante a padronização dos pratos. A operação centralizada auxilia na eficiência de atendimento, onde os colaboradores apenas aquecem os pratos, reduzindo significativamente o desperdício. Além disso, o grupo se reestruturou durante a pandemia, implementando novos braços de e-commerce e logística, permitindo a entrega de insumos diariamente.
A atualização do cardápio foi uma medida essencial, com a introdução de pratos com margens de lucro mais favoráveis. A necessidade de adaptação é clara, especialmente considerando o impacto crescente de despesas como aluguel e fornecedores. A Vivenda do Camarão também desenvolveu marcas paralelas que aproveitam ingredientes comuns, facilitando a adoção de um modelo conhecido como dark kitchen, que minimiza custos operacionais e expande a linha de produtos sem a necessidade de novas lojas.
Com a liderança da nova geração, representada por Rodrigo e Diego Perri, a administração compartilha um plano que prioriza a profissionalização da gestão e a diversificação das ofertas. Embora a expansão física continue, o enfoque agora é em qualidade ao invés de volume, com a abertura de novas unidades planejadas para 2025.
Via Exame