A empresa **Worldcoin no Brasil** tem chamado a atenção com uma proposta que envolve o escaneamento da íris em troca de criptomoedas. Fundada em 2019 por Sam Altman, CEO da OpenAI, a iniciativa tem gerado debates sobre privacidade e segurança de dados. A empresa oferece *worldcoin* (WLD) para quem se submete ao escaneamento realizado por um dispositivo chamado Orb.
Mas, como funciona essa proposta e quais os riscos envolvidos? Vamos entender melhor o que está acontecendo com a *Worldcoin* e o que tem causado tanta discussão.
A proposta da *Worldcoin* é simples: ao se dirigir a um dos pontos de coleta da empresa, o usuário permite que o Orb escaneie suas íris. Em troca, recebe uma quantia em criptomoeda *worldcoin* (WLD). Essa moeda pode ser vendida ou trocada por outras criptomoedas na internet. A *Worldcoin* afirma que o escaneamento serve para evitar cadastros duplicados, garantindo que cada pessoa receba a recompensa uma única vez.
Apesar da promessa de ganho, a iniciativa levanta sérias questões sobre privacidade. A empresa afirma que o Orb não armazena as imagens das íris, que são apagadas após o escaneamento. No entanto, muitos questionam como essas informações são realmente usadas e protegidas. Afinal, dados biométricos são sensíveis e podem ser alvo de usos indevidos.
A preocupação com a privacidade dos dados levou alguns países a tomarem medidas drásticas. Espanha e Portugal baniram a atuação da *Worldcoin*, enquanto a Alemanha ordenou que a empresa apagasse os dados coletados em seu território. No Brasil, o Governo Federal questionou a empresa, que anunciou uma pausa “voluntária e temporária” no escaneamento de íris.
A *Worldcoin* alega ter mais de 1.500 Orbs em operação ao redor do mundo, instalados em locais públicos como *shopping centers*. A empresa afirma ter escaneado os olhos de mais de 16 milhões de pessoas. Esses números mostram a escala da operação e a quantidade de dados biométricos que estão sendo coletados.
Diante das controvérsias e da suspensão das atividades no Brasil, fica a pergunta: qual será o futuro da *Worldcoin*? A empresa precisará responder às questões de privacidade e garantir a segurança dos dados coletados para reconquistar a confiança dos usuários e das autoridades.
A coleta de dados biométricos em troca de criptomoedas é um tema complexo, que envolve questões de privacidade, segurança e regulação. O caso da *Worldcoin* serve de alerta para os riscos envolvidos na coleta e uso de dados sensíveis, e reforça a importância de um debate público sobre os limites da tecnologia e a proteção dos direitos individuais.