Em meio a um processo de reestruturação, a Brava Energia anuncia a formação de um bloco de acionistas na Brava, composto por Yellowstone, JiveMauá e Queiroz Galvão. A união estratégica visa fortalecer a governança e o futuro da companhia de E&P, marcando um novo capítulo em sua trajetória no setor energético.
A união dos três acionistas resulta na detenção de 96,7 milhões de ações, representando 20,82% do capital da Brava Energia. A aproximação entre Yellowstone, JiveMauá e Queiroz Galvão ocorreu após a aprovação da retirada da poison pill na assembleia de 10 de julho. José Cantarelli, fundador da Ebrasil, liderou as negociações através de seu veículo de investimento, Yellowstone.
Segundo uma fonte próxima aos acionistas, a decisão de formar o bloco de acionistas na Brava surgiu de visões similares sobre o futuro da companhia e alinhamento com o management. Acreditam que a empresa necessitava de uma liderança mais definida. Um dos pontos cruciais discutidos foi o estabelecimento de um lockup para a venda das ações, com prazo até 30 de junho do próximo ano.
O bloco de acionistas na Brava busca ampliar sua representatividade, com conversas em andamento com as famílias Gerdau e Bartelle, além da Maha Energy. Caso as negociações avancem, o bloco poderá deter cerca de 35% do capital da Brava Energia. O objetivo é criar um grupo coeso que vote em conjunto, visando um controle mais efetivo sobre as decisões da empresa.
Adicionalmente, o grupo planeja implementar mudanças no conselho da Brava Energia, indicando nomes mais técnicos para discutir o futuro da companhia. As discussões ainda estão em fase inicial, dado que o acordo foi aprovado de forma célere. Atualmente, as ações da Brava apresentam estabilidade, com uma queda de 27% nos últimos 12 meses, e a empresa está avaliada em R$ 8,8 bilhões na B3.
Via Brazil Journal