Zuckerberg pondera sobre a compra do Instagram e seu futuro como empresa independente

Documento revela que Zuckerberg considerou separar o Instagram da Meta.
15/04/2025 às 20:32 | Atualizado há 4 meses
Compra do Instagram
Chefão da Meta depõe em julgamento sobre a compra do Instagram e WhatsApp. (Imagem/Reprodução: G1)

Em depoimento, Mark Zuckerberg revelou que, em 2018, considerou transformar o Instagram em uma empresa separada, antecipando possíveis acusações de monopólio. A declaração surgiu durante o julgamento em que a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) busca desfazer a compra do Instagram e do WhatsApp pela Meta. O caso, iniciado no governo Trump, é um teste para o combate às grandes empresas de tecnologia.

Zuckerberg afirmou que a Meta adquiriu o Instagram em 2012 porque a plataforma possuía uma câmera superior à que o Facebook tentava desenvolver na época. Ele explicou que a decisão envolveu uma análise entre construir um aplicativo similar ou comprar o Instagram, optando pela segunda opção devido à qualidade da câmera já existente. Zuckerberg também admitiu que várias tentativas da Meta de criar aplicativos próprios não tiveram sucesso.

Essa admissão reforça as alegações da FTC de que a Meta utiliza uma estratégia de “comprar ou enterrar” para eliminar potenciais concorrentes e manter um monopólio ilegal. A defesa da Meta argumenta que as intenções passadas são irrelevantes, pois a FTC definiu o mercado de mídia social de forma imprecisa e não considerou a forte concorrência de plataformas como TikTok e YouTube.

A FTC acusa a Meta de deter o monopólio das plataformas de compartilhamento de conteúdo entre amigos e familiares, considerando o Snapchat e o MeWe como seus principais concorrentes nos EUA. Zuckerberg contestou a alegação de que a Meta exibe mais anúncios por não ter concorrentes, enfatizando que os anúncios nos aplicativos da Meta melhoraram e são direcionados a usuários que apreciam conteúdo publicitário.

Durante o julgamento, Zuckerberg mencionou que a Meta chegou a discutir a possibilidade de criar um feed exclusivo para anúncios, embora a ideia não tenha sido implementada. A FTC questiona a capacidade da Meta de diminuir a qualidade dos aplicativos gratuitos, aumentando o número de anúncios, algo que Zuckerberg rejeita como uma piora na experiência do usuário.

Via G1

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.