No imaginário popular, os carros elétricos podem parecer uma novidade do século 21, impulsionados por empresas como Tesla e BYD. Contudo, a história do primeiro carro elétrico remonta a mais de um século atrás, com conceitos e protótipos que desafiaram as limitações tecnológicas da época. Engenheiros visionários já exploravam a eletricidade como forma de propulsão, abrindo caminho para a indústria que conhecemos hoje.
A jornada do carro elétrico tem raízes profundas no século XIX, período em que a energia elétrica se consolidava como uma força transformadora. Em 1828, o padre e engenheiro húngaro Ányos Jedlik criou o que é considerado o primeiro motor elétrico, com componentes essenciais como rotor, estator e comutador. Essa invenção seminal pavimentou o caminho para outros inventores.
Entre 1832 e 1839, Robert Anderson desenvolveu um protótipo que se assemelhava aos carros elétricos modernos, utilizando células elétricas para movimentação. Embora seja reconhecido como o “pai do carro elétrico” por muitos, Anderson não criou o primeiro veículo totalmente funcional. A busca pelo primeiro carro elétrico continuava.
O marco crucial na história dos veículos elétricos ocorreu em 1881, quando o engenheiro francês Gustave Trouvé apresentou um veículo elétrico capaz de transportar pessoas utilizando uma fonte de energia autônoma. Esse veículo pioneiro contava com um motor elétrico fabricado pela Siemens e uma bateria recarregável, elementos essenciais que definem os carros elétricos.
A invenção de Trouvé impulsionou a popularidade dos carros elétricos na Europa, com o surgimento de marcas especializadas. Posteriormente, a tecnologia se expandiu para os Estados Unidos. No início do século XX, os carros elétricos se tornaram uma forma de propulsão bastante comum.
Na Nova York dos anos 1900, por exemplo, frotas de táxis elétricos circulavam pela cidade. Os carros elétricos eram fáceis de controlar e não exigiam a troca manual de marchas, diferente dos veículos a gasolina. Essa praticidade, somada à sua imagem de luxo, atraiu a atenção da nobreza.
Os primeiros carros elétricos eram sinônimo de requinte, com atenção à qualidade de construção e acabamento. A natureza limpa dos carros elétricos, sem ruídos ou emissões de gases nocivos, também atraiu consumidores preocupados com o meio ambiente. A recarga era vista como mais prática do que o abastecimento de gasolina.
Apesar do sucesso inicial, os carros elétricos perderam espaço para os motores a combustão a partir de 1920. No entanto, algumas montadoras mantiveram investimentos discretos na tecnologia. Com o avanço do tempo, empresas como a Tesla revitalizaram o mercado, incorporando tecnologias avançadas.
Com a crescente disponibilidade de estações de carregamento e a conscientização ambiental, os carros elétricos ganham cada vez mais espaço. E você, já pensou em ter um carro elétrico?
Via TecMundo
