Os Cortes de Trump em Harvard estão gerando ondas de choque no mundo acadêmico e científico. A administração do ex-presidente prometeu congelar bilhões em financiamento de pesquisas, afetando diretamente projetos cruciais nas áreas de saúde, ciência e tecnologia. A medida provocou reações fortes e levanta questões sobre o futuro da pesquisa universitária nos Estados Unidos.
A Dra. Sarah Fortune, imunologista em Harvard, é um dos muitos pesquisadores que sentiram o impacto imediato dos cortes. Seu trabalho sobre tuberculose, doença que mata milhões globalmente, foi interrompido. O contrato de US$ 60 milhões dos Institutos Nacionais de Saúde, que envolve Harvard e outras universidades, foi um dos primeiros a ser afetado.
Outros projetos também estão sob ameaça devido aos Cortes de Trump em Harvard. David R. Walt, professor de Harvard, teve sua pesquisa para uma ferramenta de diagnóstico para ALS (doença de Lou Gehrig) suspensa. Pesquisas sobre viagens espaciais e doenças por radiação também foram interrompidas, gerando preocupação na comunidade científica.
A administração Trump justificou os cortes como uma forma de combater o antissemitismo. No entanto, Harvard respondeu que as exigências da administração foram além desse objetivo. O presidente de Harvard, Alan M. Garber, defendeu a importância do financiamento federal para a pesquisa universitária, argumentando que os cortes prejudicam a saúde, o bem-estar e a segurança econômica do país.
Em coletiva de imprensa, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, alegou que Harvard não levou a sério as exigências do presidente, resultando nos cortes. Ela questionou por que os contribuintes americanos deveriam subsidiar uma universidade com um endowment de US$ 53 bilhões. A universidade ainda está avaliando o valor exato dos cortes.
David Walt expressou preocupação com o futuro de sua pesquisa sobre ALS, afirmando que a suspensão do projeto pode impedir o desenvolvimento de um teste diagnóstico transformador. Ele alertou que o cancelamento de projetos de pesquisa pode ter consequências graves, custando vidas. Mesmo antes dos Cortes de Trump em Harvard, a administração já havia reduzido gastos com pesquisa em outros campi.
Uma análise do The Harvard Crimson revelou US$ 110 milhões em cortes, muitos deles em projetos relacionados à sexualidade ou gênero. A Associação de Universidades Públicas e de Concessão de Terras afirmou que não conseguiu contabilizar as consequências para seus membros, pois o número de cortes estava em constante mudança.
Outras universidades, como Penn State, Princeton e Cornell, também enfrentaram cortes no financiamento de pesquisas. O presidente da Universidade da Pensilvânia, J. Larry Jameson, informou que a primeira notícia sobre uma redução de US$ 175 milhões para a universidade veio por meio da mídia. Princeton e Cornell estão entre as universidades que processaram a administração devido aos cortes.
Diante dos Cortes de Trump em Harvard, Alan Garber enfatizou que as parcerias de pesquisa federal com universidades beneficiam tanto as escolas quanto a sociedade. Donald E. Ingber, cientista cujo trabalho em viagens espaciais e radiação foi afetado, considerou a decisão do governo desconcertante.
Apesar das consequências, os cientistas cujos projetos foram cortados concordaram que Harvard tomou a decisão certa ao resistir às exigências da administração. David Walt afirmou que buscará financiamento alternativo para sua pesquisa.
A situação dos Cortes de Trump em Harvard levanta preocupações sobre o futuro do financiamento da pesquisa científica nos Estados Unidos e seus potenciais impactos na saúde pública e na inovação tecnológica. A comunidade acadêmica e científica permanece atenta aos desdobramentos e busca alternativas para mitigar os efeitos negativos dessas medidas.
Via InfoMoney