Anomalia magnética do Atlântico Sul revela sua presença natural há 10 milhões de anos

Anomalia Magnética do Atlântico Sul: descoberta revela sua origem de 10 milhões de anos! Entenda o fenômeno e seus impactos. Saiba mais!
10/03/2025 às 10:34 | Atualizado há 4 meses
Anomalia magnética do Atlântico Sul
Estudo brasileiro revela distorções no campo magnético da Terra. (Imagem/Reprodução: Super)

O campo magnético da Terra, essencial para proteger o planeta das partículas solares, apresenta uma irregularidade conhecida como Anomalia magnética do Atlântico Sul (AMAS). Essa área, que se estende da África até a América do Sul, incluindo o Brasil, possui um campo magnético mais fraco que o normal, e sua origem e evolução vêm sendo estudadas por cientistas. Uma pesquisa recente da Unicamp lança luz sobre a história dessa anomalia.

Cientistas da Unicamp analisaram rochas da Ilha da Trindade para entender a origem e a evolução da Anomalia magnética do Atlântico Sul. Gelvam Hartmann, pesquisador envolvido, explica que a anomalia está relacionada a processos no núcleo externo da Terra e à influência do manto profundo. Esses elementos geram fluxos de convecção anômalos, resultando em áreas de menor intensidade magnética, como a AMAS.

A persistência da Anomalia magnética do Atlântico Sul ao longo de milhões de anos foi confirmada pela pesquisa. A equipe combinou dados paleomagnéticos da ilha com modelos da variação do campo geomagnético nos últimos 10 milhões de anos, juntamente com modelos sintéticos da evolução desse campo.

O estudo das rochas vulcânicas da Ilha da Trindade foi crucial. Ao resfriarem, os minerais magnéticos nessas rochas se alinham com o campo magnético terrestre, registrando sua direção e intensidade. A análise de amostras de diferentes derrames vulcânicos permitiu aos cientistas deduzir informações sobre o campo magnético em diferentes épocas.

A Anomalia magnética do Atlântico Sul causa o enfraquecimento do campo magnético, permitindo que partículas carregadas atinjam órbitas mais baixas. Isso pode danificar satélites, causar erros em instrumentos a bordo e aumentar os riscos para astronautas. Aeronaves também podem enfrentar interferências. No entanto, o risco para a população que vive na região é praticamente nulo.

A pesquisa da Unicamp demonstra que a Anomalia magnética do Atlântico Sul é um fenômeno persistente e complexo, influenciado por processos profundos no interior da Terra. O estudo aprimora a compreensão sobre o campo magnético terrestre e seus efeitos no planeta.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.